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VALORIZE-SE A SI MESMO 3

Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝Reverendo Padre Jorge Aquino ✝

Reverendo Jorge Aquino.

Em um texto bastante conhecido, o ilustre conferencista e escritor Cecil Osborne, certa vez escreveu que “Os sentimentos conscientes e inconscientes que você tem acerca de si constituem a sua autoimagem” (OSBORNE, 1988, p. 255). Desenvolver uma imagem adequada sobre si próprio é fundamental para nossa saúde e, em razão disso, investir na autoestima é importante. No entanto, precisamos compreender as razões que nos impelem a desenvolver uma tendência a ter uma baixa autoestima tão elevada. É meu entendimento que, esta tendência a ter uma elevada baixa autoestima é o resultado de uma série de circunstâncias. Em primeiro lugar, existe a tendência de que nós não agimos como a princesa Dyana, por exemplo. Na verdade, talvez exista uma voz gritando dentro de nós e dizendo que não valemos nada simplesmente porque nunca nos dedicamos aos mais pobres na mesma proporção de uma princesa Dyana ou de uma madre Teresa ou como Francisco de Assis. Normalmente pensamos que esse tipo de gente, que sempre demonstrou altruísmo em ajudar os outros, é que são pessoas de valor. Diante da esmagadora quantidade de pessoas que pensa assim, Butler e Hope retrucam: “O que a madre fez foi ajudar as pessoas. O que é muito considerado porque as pessoas que ela ajudou eram valiosas. Se tais pessoas não fossem valiosas, que bem teria ela praticado? Por que admiramos uma madre Teresa? Porque ela se sacrifica em prol dos outros. Você admiraria se ela se sacrificasse por algo sem valor? É claro que não” (BUTLER & HOPE, 1997, p. 20). Como podemos perceber claramente, nossa admiração por pessoas como madre Teresa depende diretamente do valor que atribuímos a quem ela ajudou. Em outras palavras, se nós também valorizamos os seres humanos, é justo que tenhamos ou desenvolvamos uma elevada autoestima. Em resumo, nosso valor reside em nossa valorização e nosso serviço ao próximo

Em segundo lugar, para muitos, desenvolver nossa autoestima seria assumir que somos pessoas arrogantes. Além de sermos inclinados a desenvolver uma baixa autoestima em razão de não sermos, comportamentalmente semelhantes ao padrão de uma madre Teresa, também nos inclinamos a uma baixa autoestima porque entendemos que o contrário disso significaria demonstrar alguma forma de arrogância. Ora, a arrogância consiste em atribuir a si mesmo, às próprias opiniões e gestos, um valor maior do que o das outras pessoas. Pessoas arrogantes não compreendem que isso é ser injusto com as outras pessoas. Se você toma a iniciativa de se desvalorizar, está fazendo consigo exatamente o mesmo que os arrogantes fazem, só que de forma passiva. Entenda, quando você se valoriza, não está manifestando arrogância, está sendo realista – afinal você tem valor. Somente quem realmente não se valoriza precisa desvalorizar os outros para poder sobressair-se entre os demais.

Finalmente, em terceiro lugar, temos a tendência de nos desvalorizar por não estarmos satisfeitos com nossa maneira de ser ou com nosso caráter. Em outras palavras, nos desvalorizamos em razão de “Não conseguirmos atingir os padrões de comportamento que julgamos ideais e nos castigamos impiedosamente por essa falha” (BUTLER & HOPE, 1997, p. 20). Em nossa sociedade os padrões são extremamente elevados e, quando não conseguimos satisfazê-los, além de nos sentirmos maus, produzimos uma imensa auto reprovação. O que precisamos compreender é que, não satisfazer aos padrões ideias que foram estabelecidos pela sociedade, longe de ser uma razão para nossa baixa autoestima, ela deveria nos incentivar a buscar valores mais elevados – que superam os valores de uma sociedade egoísta e consumista -, e desenvolver uma prática de vida e a aceitação de conceitos que, mesmo que contrarie os valores vigentes, são superiores porque estão voltados para a construção de nossa individualidade, de nossa pessoalidade e de nossa abertura e serviço ao próximo.

O título desse breve texto nos fala da nossa auto valorização, por isso, saiba, somente por meio do desenvolvimento satisfatório de sua autoestima, você poderá construir sua vida em bases sólidas. Portanto, cuide do que está na base e seja feliz.


Referência Bibliográficas:

BUTLER, Gillian & HOPE, Tony. Guia para o domínio da mente. Rio de Janeiro: Campus, 1997

OSBORNE, Cecil. A arte de compreender-se a si mesmo. Rio de Janeiro: JUERP, 1988

 
 
 

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