Padre Jorge Aquino. (*)
Qualquer pessoa que viva a vida em condições normais passa por alguma espécie de crise. É natural que as crises venham e, ocasionalmente, desestabilizem nossa existência, as vezes até a ponto de nos fazer pensar que não há mais escapatória ou que não há mais saída. Mas nem sempre encaramos a crise de forma criativa, ou seja, como um recomeço. Quem nunca leu ou ouviu alguém descrever a crise como um espaço adequado para superar suas próprias limitações? Quem nunca viu a descrição da crise como uma oportunidade para o crescimento?
O que assistimos hoje em nossa sociedade precisa ser encarado como um sinal claro de que vivemos uma séria crise conceitual. Acompanhamos diuturnamente o aumento da violência nos grandes centros urbanos, a banalização da vida atingiu patamares jamais pensados. Assistimos a falta de relacionamentos interpessoais incidindo sobre o aumento da solidão, da depressão e, em alguns casos, do suicídio. A busca pela segurança a qualquer custo, leva milhares de pessoa a buscarem segurança na aquisição de armas, esquecendo-se de que a maior parte dos crimes ocorrem justamente em função da presença destas mesmas armas em uma situação de desavença pessoal com algum conhecido. De forma paradoxal, o financiamento do crime organizado é feito justamente pela mesma classe média que assiste seus filhos sendo vítimas da violência cotidiana. A droga (lícita ou ilícita) é onipresente em qualquer festinha. Ao lado disso acompanhamos com preocupação o esfacelamento dos relacionamentos familiares. Pais e filhos não mais se falam. Não há sequer tempo para conversar. É preciso correr, trabalhar, lutar, conquistar, ganhar, lucrar, ter, acumular… Não temos mais tempo para efemeridades como conversar, como dialogar… O que é triste nisto tudo é que, de um lado, nunca nos satisfazemos com o que temos e sempre buscamos mais, e do outro, quando finalmente conseguirmos atingir nosso alvo (se é que é possível), perceberemos que ele nos custou nossa relação com os filhos, com a esposa, com os amigos, nossa própria vida, liberdade, juventude, alegrias, etc.
Ao lado de toda esta situação e destes dilemas pessoais, nos vemos envolvidos também em uma grande crise mundial. Nossa frágil casa está prestes a desmoronar sobre nós e não nos damos conta disso. A humanidade está, em pouco mais de 300 anos, exercendo uma influencia destruidora tão grande sobre o planeta qual jamais foi vista em toda a história. Desde a Revolução Industrial estamos emitindo cada vez mais gazes na atmosfera. A camada de ozônio ainda se mostra frágil; nosso oxigênio está cada vez mais poluído pela emissão de carbono; cada vez mais é difícil ver o céu das grandes cidades; as plantas estão cada vez mais cheias de agrotóxicos; nossos rios e lagos cada vez mais envenenados com os detritos não tratados das cidades; os mares sendo usado como depósito de lixo nuclear; a água potável se escasseando a cada dia; o ecossistema sendo violentado pela nossa sanha de poder; espécies animais e vegetais desaparecem todo ano; florestas inteiras viram campo e pastagens para que a economia dos países em desenvolvimento tenham espaço para seus rebanhos e para o agronegócio.
O que está acontecendo? Será que estamos todos cegos? É uma espécie de cegueira coletiva? Um embotamento universal da inteligência? Será que ninguém consegue imaginar o futuro de uma sociedade que teima em seguir um caminho como esse?
Minha convicção mais profunda é que chegamos neste estado de coisas em resposta consequente e previsível de nossos pressupostos, de nossas crenças, de nossos valores (ou anti-valores) e de nossas escolhas. O que vemos é o desenvolvimento lógico de uma forma de pensar, de um zeintgeinst, que orienta as ações e as escolhas da sociedade. Esta constelação de concepções, de valores, de percepções e de práticas compartilhados por uma determinada comunidade e que dá forma a uma concepção específica da realidade e que serve de base para a sua própria organização, é o que Capra chama de Paradigma.
O Paradigma Cartesiano
Nossa sociedade é a herdeira de uma forma de percepção associada ao trabalho do filósofo francês René Descartes. Seu pensamento, que ficaria conhecido como “pensamento cartesiano”, se fundamenta em alguns critérios bem distintos, sobre os quais nós criamos a realidade social que nos cerca. Para tanto nos servimos de alguns princípios.
O primeiro destes princípios foi a divisão. Seu desejo era sempre conhecer as coisas de forma clara e distinta. Para isso era preciso que se dividisse o objeto da pesquisa em partes menores para, desta forma, se poder conhecer melhor o objeto. Em uma pesquisa sobre o fenômeno humano, por exemplo, alguém poderia se especializar em um aspecto do objeto, (as relações sociais) enquanto outro se especializaria em um outro aspecto (a dimensão psicológica) e outro se dedicaria ao aspecto meramente físico. Desta forma, o homem seria compreendido de forma plena. Era bastante, para tal, juntar o resultado das pesquisas dos vários pesquisadores. Na base desta divisão já havia um dualismo. Ou seja, a crença de que a realidade é dividida em duas: o ser que conhece, e o objeto que é conhecido. É o que chamamos de dualismo epistemológico.
O segundo princípio é o da dominação. Este homem que divide o objeto de sua pesquisa em partes, o faz para poder conquistá-lo, compreendê-lo e apreendê-lo melhor. Este princípio segundo o qual é preciso dividir para conquistar se tornou muito comum. É chamado por alguns de “principio masculino”. Palavras como “conquista”, “dominação”, “exploração”, podiam ser vistas em relação à corrida espacial no final da década de 60. Mas não somente lá. Parece que sempre estamos tentados a dominar e a conquistar outros mundos e outras realidades. Somos os senhores, os dominadores, os perscrutadores do mundo e do universo. Temos uma compulsão por conquistar, por dominar, por submeter. Esta vocação para a dominação da Terra já aparece nos primeiros capítulos do Gênesis como um mandado de Deus ao homem. Pelo menos quanto a isso acho que ninguém duvida que obedecemos ao Criador.
O esforço intelectual do homem precisava de uma metáfora adequada para poder servir de imagem onírica para ilustrar e fundamentar o labor da ciência. Com Francis Bacon nos vem a metáfora da mulher. Para Bacon a natureza deveria ser torturada como uma mulher, como uma bruxa, até nos contar seus segredos mais íntimos. Esta tortura da natureza é um projeto bastante presente em nosso mundo. Com a figura de Isaque Newton uma outra metáfora entra em cena: a metáfora do relógio. Com a figura do relógio podemos imaginar alguns elementos importantes para a ciência moderna. Imaginamos, por exemplo, a noção de leis imutáveis, de perenidade do mecanismo e de previsibilidade. Uma vez que a natureza funciona como um relógio, podemos acreditar que cada uma de suas partes funciona de forma independente mas interligadas de tal forma que, quando tudo funciona a contento, podemos prever quando ocorrerá um eclipse solar, da mesmo forma que podemos prever onde o ponteiro menor estará dentro de duas horas. As leis que regem os corpos e a natureza são tão imutáveis quanto as que dirigem a engrenagem de um relógio.
O princípio seguinte é a da completa assepsia ou pureza da pesquisa. A ciência que surge desta pretensão de conhecimento é bastante característica. Ela se propõe conhecer de forma total, plena e livre de qualquer condicionamento todos os objetos com os quais tenha contato. Ela pretende conhecer o objeto com absoluta clareza e distinção. Seu conhecimento se pretende puro porque ela acredita ter conseguido uma objetividade ou objetivação plena. Ela pretende ter acesso à “coisa mesma” do objeto, ou seja, seu “ser em si”. Sobre o juízo científico não incide qualquer influência, sejam elas políticas, religiosas ou conceituais. O verdadeiro cientista inclusive, deveria até se dissociar de qualquer agremiação religiosa, científica ou política para não por em dúvida sua neutralidade.
Finalmente, diríamos que este pensamento tende a fazer simplificações e reduções que, definitivamente, prejudicam o aprendizado. Operar com esta forma de pensamento que privilegia a divisão e a disjunção, inevitavelmente nos inclina a produzir verdades que serão sempre redutoras e limitadas. Desta forma temos a tendência de reduzir o humano ao meramente corpóreo, o sexual ao meramente genital, o religioso ao meramente espiritual, etc. estas reduções nos dão a falsa impressão de que “conhecemos” a realidade e que, inclusive, podemos aprisiona-la em um “sistema fechado” que explica tudo.
Ora, com o passar dos tempos, cada vez mais tem ficado claro que, estes princípios cartesianos de pensamento se revelaram não apenas falhos em suas pretensões, mas decisivamente prejudiciais para a sociedade. É verdade que a ciência se desenvolveu bastante durante este período, e devemos registrar que este conhecimento é bem-vindo e benfazejo. Mas as consequências advindas deste desenvolvimento estão pondo toda a criação e a sociedade em perigo. Em função disso um outro paradigma de percepção vem sendo proposto por pesquisadores e por estudiosos da sociedade e das ciências ditas da phisis. Este novo paradigma, ou novo pensamento, vem sendo chamado de pensamento complexo (Edgar Morin) ou de pensamento sistêmico ou ecológico (Fritjof Capra). Um enfrentamento resumido desta forma de abordagem foi feita por Fritjof Capra quando disse: “O paradigma que esta agora retrocedendo dominou a nossa cultura por várias centenas de anos, durante as quais modelou nossa moderna sociedade ocidental e influenciou significativamente o restante do mundo. Esse paradigma consiste em várias ideias e valores entrincheirados, entre os quais a visão do universo como um sistema mecânico composto de blocos de construção elementares, a visão do corpo humano como uma máquina, a visão da vida em sociedade como uma luta competitiva pela existência, a crença no progresso material ilimitado, a ser obtido por intermédio de crescimento econômico e tecnológico, e – por fim, mas não menos importante – a crença em que uma sociedade na qual a mulher é, por toda parte, classificada em posição inferior à do homem é uma sociedade que segue uma lei básica da natureza” (CAPRA, 2003, p. 25).
Com a finalidade de contrapor a estes princípios hoje universais, falaremos um pouco agora sobre este novo pensamento que se apresenta como uma verdadeira e nova Revolução Copernicana nos arraiais da ciência.
O Paradigma Complexo
A primeira informação relevante sobre este pensamento é que ele não busca a divisão, mas a interação e a conexão entre as partes. É crença básica desta forma de pensar que nada pode ser conhecido de forma satisfatória se o retiramos de seu meio e o colocamos em um ambiente controlado, se o desconectamos de sua realidade ou ainda se o dividimos em partes. O todo jamais será a soma das partes. Nunca poderemos estudar corretamente qualquer fenômeno se o retiramos de seu contexto, de seu habitat, de onde com-vive com os demais seres.
Em segundo lugar, o pensamento complexo pretende superamos a dominação pela cooperação e pela sensibilidade. Ao invés de dar ouvidos à tentação da dominação sobre o mundo, sobre o objeto, o pensamento sistêmico tem valorizado o aspecto da cooperação como uma saída adequada para o esfacelamento e a destruição da criação que está ocorrendo hoje. Se ao invés de dominar a criação, formos capazes de encontrar um equilíbrio que produza um desenvolvimento sustentável, então poderemos ter alguma fé de que o futuro poderá ser melhor que o presente.
Um outro elemento que pode ser observado nesta mudança de percepção é a nova metáfora que é adotada para servir de ícone, de uma nova mentalidade e de uma nova realidade. Esta nova metáfora é a da teia, ou seja, da rede. Quando falamos em Teoria da Complexidade, imediatamente pensamos em algo de difícil compreensão. Mas não é isso que a palavra “complexo” nos diz em primeiro lugar. Pelo contrário, a palavra Com-plexo nos vem do latim e seu significa do é revelador. Ela é a união de um sufixo Com, que significa ao lado de, ou junto, e da raiz Plexus que é o particípio passado de Plecto e que significa entrelaçar, entrançar ou enlaçar. O Complexo, portanto, é aquilo que é “entrelaçado junto”, ou “trançado em conjunto”. Daí a figura de uma teia, de uma “web”, de um tear comum que envolve a todos os humanos. Ao invés de vermos o mundo como um relógio fora de nós, precisamos compreender que nós fazemos parte deste mundo e que tudo está entrelaçado. Precisamos compreender que esta teia é a essência de todas as coisas vivas, uma vez que ela gera relacionamentos e interconexões com tudo o mais. Quando dizemos que cada um dos problemas que enumeramos acima são complexos, queremos dizer que eles estão interconectados e inter-relacionados. Por isso precisam ser tratados de forma sistêmica e não de forma pontual. Mas Morin vai mais adiante quando fala da Complexidade. Para ele, “A complexidade não é somente o fato de que tudo está ligado, de que não se podem separar os diferentes aspectos de um mesmo fenômeno, de que, nós somos seres de desejos, seres econômicos, seres sociais, etc., de que tudo está ligado – aliás, a era planetária é aquela em que tudo está ligado – , mas é além do mais a ideia de que conceitos que se opões não devem ser expulsos um pelo outro quando se chega a eles, por meios racionais. Isso faz parte da minha concepção da complexidade. Do universo e do homem” (MORIN, 2002, p. 58).
Sobre a ciência, o pensamento sistêmico nos faz ver que é um mito acreditar em uma neutralidade científica. Ela, além de não ser “pura”, é sempre ideologicamente condicionada e interessada. Aprendemos com a fenomenologia de Husserl que o objeto é o fenômeno enquanto capturado pela nossa consciência. Isso significa dizer que desde sempre toda visão é já uma interpretação. Nossa consciência, desde sempre, está envolvida em todo tipo de com-preensão do objeto. Aprendemos, por sua vez, com Marx, que há sempre uma visão ideológica nas verdades e nos atos que observamos e fazemos. E abrir mão de uma leitura ideologizada do mundo não é algo fácil, se é que é possível. Finalmente aprendemos de Habermas que todo nosso conhecimento está sempre envolto em interesses, nem sempre confessáveis. É fato indiscutível que a maior parte dos experimentos científicos contemporâneos são financiados pelos militares ou pelas grandes corporações industriais e que o grande interesse por trás destas pesquisas é sempre o domínio, a conquista, a competição, e a dominação. A ciência, desde que foi separada da filosofia, se viu incapaz de se pensar, de se compreender, e acabou por se tornar uma ciência sem consciência, sem ética.
É preciso que, para que consigamos reverter este processo de auto-destruição em que estamos envolvidos enquanto seres humanos, sejamos capazes de modificar nossos pensamentos e nossos valores. Sobre os nossos pensamentos, urge que procuremos substituir um tipo auto-afirmativo de pensamento por um pensamento do tipo integrativo. Os pensamentos do tipo auto-afirmativo são aqueles que operam elucubrações na esfera da racionalidade, da análise, da redução e da linearidade. Substituir estes pensamento por outros do tipo integrativo implica em investir em processos que superem a racionalidade pela intuitividade, a análise pela dialógica, o reducionismo pelo hologramático [1] e a linearidade pela não-linearidade.
Esta mudança de pensamento deverá também produzir uma mudança de valores. Desta forma uma visão auto-afirmativa que valoriza a expansão deve ser substituída por uma visão integrativa que valoriza a conservação. Semelhantemente, uma visão competitiva deve dar lugar a uma outra visão, agora cooperativa. A fixação na quantidade deve ceder espaço à qualidade, e a dominação deve ser substituída pela parceria.
Para que esta reforma de pensamento ocorra em nossa sociedade é imprescindível a participação ativa de todos os formadores de opinião. Administradores, advogados, professores, profissionais do marketing, jornalistas, sacerdotes, enfim, todos aqueles que esperam e sonham com um futuro onde a qualidade de vida seja um bem mais importante do que o lucro, precisam se envolver e se empenhar para que uma nova percepção do mundo ganhe espaço e substitua esta visão suicida que tanto mal tem gerado em nosso mundo.
Sabemos que em 1492, com o descobrimento da América a humanidade entrou em uma era que pode ser chamada de era planetária. Foi a primeira experiência de globalização. Ela envolvia basicamente a troca de animais, vegetais e micróbios. O século XX presenciou uma outra era planetária, a da unidade. Ou seja, “Todos os fragmentos da humanidade estão unidos uns aos outros por vínculos econômicos, de telecomunicação e outros, mas, também, pelos dilaceramentos, porque cada fragmento da humanidade está em conflito com outros fragmentos da humanidade, e há convulsões” (MORIN, 2002, p. 30).
Hoje estamos vivendo aquilo que Morin chama de “nova Idade Média planetária”, ou seja, aquele período em que todos elementos estão prontos para civilizar o planeta, mas ao mesmo tempo, ainda permanecemos longe de uma civilização civilizada. Em resumo este é um momento em que “há algo que quer nascer e algo que se acha bloqueado” (MORIN, 2002, p. 33).
A única coisa que podemos dizer com certeza sobre nossa época, é que ela é uma época agônica, ou seja, uma época de lutas titânicas entre a luz e as trevas, e nada sabemos sobre o futuro. Podemos certamente afirmar que o projeto de um progresso certo e definido, ou seja, de uma história ascendente e irreversível se tornou uma crença religiosa e mítica, e hoje sabemos que a ambivalência é onipresente em cada aspecto da vida.
Antes de encerrar, contudo, é importante compreender que a existência desta ambiguidade não torna necessário o pior e a destruição. Pelo contrário, Morin se apresenta como alguém com esperança porque ele se sustenta em três princípios. O primeiro deles é o princípio do improvável, ou seja, se o improvável pode acontecer ainda há uma saída, não há porque perder as esperanças. O segundo princípio é o princípio de Hölderlin [2]. De acordo com este segundo princípio, “lá onde cresce o perigo cresce também o que salva”, ou seja, “quanto mais nos aproximarmos do perigo, mais teremos chances de sair dele, mais aumentarão também os riscos de nele mergulhar” (MORIN, 2002, p. 69). O terceiro princípio de esperança de Morin é o Princípio da velha toupeira [3]. Segundo este princípio, lá, bem fundo nas profundezas do inconsciente humano, as forças da regeneração estão trabalhando. Silenciosamente, furtivamente, de forma ainda imperceptível, as forças que podem nos salvar estão atuando e, portanto, talvez não tenhamos que perder as esperanças.
Referências bibliográficas:
CAPRA, F. A teia da vida. São Paulo: Cultrix, 2003
MORIN, E. Ninguém sabe o dia que nascerá. São Paulo: UNESP, 2002.
(*) O professor Jorge Aquino é sacerdote anglicano, escritor, conferencista e foi professor de filosofia e hermenêutica jurídica na graduação e pós-graduação de várias faculdades em Natal/RN.
[1] Enquanto o reducionismo só vê a parte e o holismo só vê o todo, o princípio hologramático entende que a
parte está no todo e o todo está na parte.
[2] Friedrich Hölderlin (1770-1843), poeta alemão que enlouqueceu aos 37 anos de idade.
[3] Imagem criada por Hegel para descrever aquela força vital que age subterraneamente mas que pode surpreender e subverter a realidade.
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