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UMA FAMÍLIA EM MEIO AOS CONFLITOS DE OPINIÕES

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 24 de fev. de 2020
  • 3 min de leitura
adão

Reverendo Padre Jorge Aquino.

O primeiro conflito familiar descrito nas Escrituras Sagradas, envolve exatamente o primeiro casal, Adão e Eva. Por óbvio não pretendemos emitir juízos acerca do estilo literário deste texto, mas sobre os conflitos em si e seu contexto, bem como suas consequências.

No caso de Adão e Eva, eles são descritos na Bíblia como os primeiros seres humanos. E é surpreendente perceber que o conflito relacional se iniciou justamente quando a humanidade foi criada e passou a conviver em um espaço chamado de “jardim do Éden”.

Segundo as Escrituras, quando Deus criou o homem o colocou no jardim justamente para que pudesse cuidar e proteger este espaço. No entanto, Deus deixou bem claro uma coisa: “De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gênesis 2: 16, 17). Estava claro, portanto, até onde iria a liberdade que Deus concedera a Adão.

No entanto, muito embora estivesse em um lugar paradisíaco, havia algo errado, por isso disse Deus: “Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2: 18). E, dessa forma, a Bíblia diz que Deus formou a mulher, da costela de Adão, fazendo com que ela fosse osso de seus ossos e carne de sua carne.

E eis que, segundo o relato bíblico, a serpente – o animal mais astuto do campo -, faz uma pergunta à mulher: “É verdade que Deus disse que vocês não poderiam comer de nenhuma árvore do jardim?” (Gênesis 3: 1). Ao que a mulher respondeu: “O que Deus disse é que podemos comer de todas as árvores do jardim, mas da árvore no meio do jardim, não poderemos comer nem tocar, senão morreremos” (Gênesis 3: 3).

Percebendo que a mulher não havia transmitido a exta ordem de Deus – e acrescentava uma ordem inexistente -, investe sobre seus conceitos questionando a ordem de Deus dizendo que isso certamente não ocorreria. O que Deus estava fazendo era, impedindo que os homens fossem iguais a ele, conhecendo o bem e o mal (Gênesis 3: 5). Assim, continua o texto, vendo que o fruto era “boa para se comer”, além de “agradável aos olhos” e “desejável para dar entendimento” (Gênesis 3: 6), ela não apenas comeu como também deu a seu marido, permitindo que ocorresse o que os teólogos medievais chamavam de a “queda do homem”.

Pelo que verificamos nesse relato, o que vislumbramos aqui, é um conflito de relatos associado ao desejo de se buscar ser o que não se é, igual a Deus. Assim, temos uma família convivendo com dois interlocutores: Deus e a serpente. Cada um desses interlocutores faz uma afirmação acerca das eventuais consequências do gesto de desobediência à Deus.

O que aprendemos com esse relato é que, quando a família escolhe acreditar nas narrativas que contrariam a palavra de Deus e preferem fazer suas escolhas observando apenas os aspectos do “gosto” (boa para se comer), da “beleza” (agradável aos olhos) e dos “fins” (desejável para dar entendimento), as consequências podem ser avassaladoras. Nesse relato as consequências foram terríveis tanto para o casal quanto para toda a humanidade. Eles foram expulsos do lugar paradisíaco onde moravam, eles passaram a ter que trabalhar para obterem seu sustento cotidiano e a dor do parto passou a fazer parte da realidade de todas as mães. Ademais, o pecado passou a escravizar todas as relações. Cabe, portanto, a cada membro da família – principalmente ao casal -, aprender a buscar obedecer a Deus e a satisfazer sua vontade para nós que, segundo São Paulo, sempre é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2).

 
 
 

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