Padre Jorge Aquino.
Hoje completa-se um mês desde que a Rússia iniciou sua agressão contra a nação independente e soberana da Ucrânia. Apesar de negar inúmeras vezes, nos dias anteriores, que faria a invasão, o presidente Vladmir Putin acabou invadindo a Ucrânia na madrugada do dia 24 de fevereiro de 2022.
As razões que motivavam a Rússia para realizar esse movimento militar deplorável, absurdo e injustificável podem ser enumeradas assim. Em 1° lugar, a Rússia pretendia impedir que a Ucrânia viesse a fazer parte da OTAN. Ao que parece, nesse momento do conflito, parece-nos que Putin logrou êxito nessa questão.
Em 2° lugar, a Rússia pretendia anexar definitivamente os territórios separatistas a leste da Ucrânia e na Criméia. Neste aspecto, Putin não contava com uma enorme resistência da parte dos moradores daquelas regiões, o que nos leva a afirmar que esse alvo não foi atingido.
Por fim, em 3° lugar, o presidente Putin pretendia “desnazificar” a Ucrânia, o que, na realidade, significa que ele pretendia fazer com que as autoridades ucranianas fugissem ou se rendessem e fossem substituídos por pessoas da sua confiança pessoal. No entanto, o que ocorreu não foi o esperado. A população dos territórios que, acreditava-se, pretendia unir-se à Rússia, permanece lutando para permanecer ligada à Ucrânia.
Na verdade, acreditava-se que a guerra duraria apenas três dias e que Kiev cairia bem cedo. Mas o que estamos vendo é que o presidente Zelensky assumiu uma liderança que vem estimulando a população e as forças militares do país.
Diante de tudo isso, o que o mundo pode verificar claramente, foi uma ação militar russa sem fundamentação legal – portanto criminosa – ao invadir outra nação, com as piores consequências possíveis. O mundo todo pôde ver uma enorme onda migratória envolvendo hoje, mais de 3 milhões de refugiados; todos tivemos acesso a notícias de estupros feitos pelos militares russos além de milhares de ataques a alvos civis promovendo um massacre da população desarmada e a utilização de bombas de fragmentação e armas de fósforo branco, que são armas proibidas pelas convenções internacionais. Todos esses crimes de guerra estão sendo compilados.
Ao lado disso, o presidente Putin enfrenta uma outra frente de batalha, agora, interna. Setores da população russa está ciente do que está acontecendo e – ainda que proibida de falar sobre a existência de uma “guerra” -, mais de 15 mil pessoas já foram presas por causa de manifestações realizadas nas principais cidades russas, além de jornalistas que se demitiram e intelectuais que se manifestaram contra a guerra.
Enquanto o presidente Putin perde a guerra interna – porque está perdendo o apoio popular de quem sabe que seus filhos estão morrendo e o apoio político dos oligarcas, que veem seus bens confiscados -, ele parece está perdendo também a guerra política externa. A maioria dos países da ONU já se manifestou contra a invasão e o Tribunal Penal Internacional já se manifestou sobre o caráter ilegal desse conflito. Em resumo, Putin é visto, hoje, como um pária.
Por outro lado, o presidente Zelenky já teve a oportunidade de falar por videoconferência, com o parlamentos dos Estados Unidos, Israel, França, Itália, Inglaterra, Itália e Japão. Em todos eles Zelensky encontrou apoio e, na maioria deles, foi aplaudido de pé. Existe uma postura que envolve quase a totalidade das nações democráticas do mundo em apoiar politicamente e por meio de donativos, remédios e armas, a Ucrânia.
Nesse momentos os principais líderes mundiais, ligados à OTAN, estão reunidos na Bélgica. Lá ouviram um discurso do presidente Zelensky e se comprometeram a aumentar as retaliações contra o governo russo com a finalidade de sufocar Putin.
No campo de batalha, nada se ouve dos jornais russos. O que se sabe é que a Ucrânia está, surpreendentemente, rompendo o certo à Kiev e, no dia de hoje, disse ter retomado duas cidades próximas da capital. Ao que parece, em que pese maior número de combatentes e a maior capacidade bélica, a Rússia parece está sucumbindo na frente de batalha. Será que esse movimento persistirá? A grande questão que fica no ar é: será a Ucrânia o novo Afeganistão da Rússia? Somente o tempo dirá.
Segue imagens de como ficou a cidade de Mariopol, hoje, depois dos bombardeios. Devemos lembrar que os russos não estão permitindo a saída de ninguém dessa cidade e também não permitem que organismos internacionais - como a Cruz Vermelha - possam entrar para ajudar os feridos.
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