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SEJA QUEM VOCÊ É

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 20 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

Reverendo Jorge Aquino.

Todos os que já estudaram marketing já passaram pelo dilema de ter que escolher a propaganda na qual você tenta convencer seu cliente de que ele é uma pessoa diferenciada e, por isso, precisa de um produto diferenciado, ou aquela tese segundo a qual seu cliente tem que consumir certo prododuto porque todo mundo está consumindo. Não existe uma terceira via no marketing.

Tenho a impressão que na vida espiritual também é assim. Vivemos em um mundo em que os grandes líderes espirituais procuram convencer você a consumir, se comportar e a acreditar em certas verdades pelo simples fato de que todo mundo consome isso, se comporta assim, acredita dessa forma ou frequente a essa igreja. Esta postura, lamentavelmente, não apenas nos leva a ter uma leitura monocromática da realidade, como também nos leva a criticar, a menosprezar e até mesmo a criticar aqueles que pensam ou agem diferente de nós.

Um ilustre escritor chamado E.E. Cummings, certa vez escreveu: “Não ser ninguém além de si num mundo que dia e noite se esforça ao máximo para transformá-lo em uma pessoa igual a todas as outras, significa entrar na mais dura das batalhas que um ser humano pode enfrentar”. Em outras palavras, a pior das batalhas que um indivíduo pode enfrentar em sua vida é a de ser quem ele realmente é, em um mundo que procura, de todas as formas transformá-lo em um igual.

Afinal, porque ser igual é tão importante? Por uma razão muito simples. O igual não nos traz qualquer perigo. Quando estamos diante de um igual, estamos olhando para nós mesmos, para quem somos, para faz o que fazemos e pensa como pensamos. É cômodo, é confortável e é seguro, conviver com iguais. Quando, de repente, somos obrigados a conviver com o outro, que vive e pensa diferente de nós, imediatamente nos vemos ameaçados, incomodados e inseguros. Eis a razão pela qual as sociedades e comunidades fundamentalistas não estão abertas para quem pensa ou age de forma diferente. Na verdade, você sequer tem a possibilidade de saber que existe “outra” forma de pensamento ou de vida para além do que você conhece desde sempre.

Mas, basta estudar um pouco de história, que imediatamente compreenderemos que o cristianismo nunca possuiu uma uniformidade para além daquilo que era essencial: a importância da pessoa de Jesus. E, mesmo assim, nos três primeiros séculos do cristianismo, ainda havia muito debate sobre a relação entre as naturezas (humana e divina) de Jesus.

Por isso, não se exaspere se você não for compreendido ou aceito por aqueles que dizem confessar a mesma fé que você. Na verdade, nem mesmo Jesus gerou unanimidade entre seus irmãos judeus. Muito ao revés, ele foi duramente criticado por escribas, fariseus e saduceus. Muitos, dentre os que o seguiam, a certa altura, o abandonaram em razão da dureza de seus discursos. E, por fim, ainda foi traído por um de seus discípulos, e negado por outro três vezes. O que você espera, um resultado melhor?

Não esquente sua cabeça com questões como essas, nem procure viver sua vida agradando os outros. Muito cedo você vai entender que é impossível agradar a todos. Alguns não vão gostar de você simplesmente porque você tem a coragem de ser quem você realmente é. Outros, vão segui-lo justamente pela coragem de ser, que você revela ter. Apenas seja você mesmo e seja honesto, perante Deus. Isto basta.



 
 
 

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