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SEJA MAIS MISERICORDIOSO

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 15 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Reverendo Jorge Aquino.

Jesus, certa vez disse: “Sede misericordiosos, como misericordioso é vosso Pai” (Lucas 6: 36). Em geral, sempre pensamos nesse exercício de misericórdia, em relação aos outros. No entanto, lendo a obra de Brennan Manning, percebemos que também precisamos aprender a exercer a misericórdia para conosco mesmo, também. É nesse sentido que ele nos pontua que o ensino de Jesus era o de que ele pretendia que demonstrássemos compaixão em relação ao nosso “eu” neurótico, bem como em relação aos nossos próximos, igualmente neuróticos. É nesse sentido que ele nos ensina a amar ao próximo “como a nós mesmos”. Na verdade, segundo o entendimento de Manning, o que Jesus estava realmente procurando dizer era: “Jamais seja tolo a ponto de medir a compaixão de meu Pai pelos critérios da sua compaixão. Jamais seja tão estúpido a ponto de comparar sua compaixão humana cheia de caprichos, esquálida, anêmica e inconstante com a minha, pois sou Deus assim como também homem”.

Lamentavelmente, no cristianismo contemporâneo vivenciamos uma prática lamentável de barganha na qual procuramos apresentar nossas virtudes à Deus, com a intensão de que ele nos receba e nos acolha. Não compreendemos que, agindo assim, nos comportamos como o fariseu que entra no templo e, cheio de orgulho, bate no peito e diz à Deus que ele é diferente do publicano que também estava lá. E onde estava a diferença? No fato de que ele dava o dízimo de tudo, que jejuava nos dias certos e ia ao templo para oferecer sacrifícios. Enquanto isso, o publicanos – coletor de impostos -, sequer tinha condições de levantar a cabeça e, apenas dizia: “Senhor, tem misericórdia de mim, pecador”. Nessa espiritualidade centralizada no comportamento e nos gestos, não existe espaço para pessoas que sofrem por se reconhecerem pecadoras. No entanto, é a graça de Deus que nos acolhe e que nos oferece a misericórdia que ninguém mais oferece.

Assim, não aceite ser acusado e condenado por ninguém. É Deus que nos julga. São afinal, Paulo já questionava: “Quem intentará acusação contra um escolhido de Deus? É Deus quem o justifica. Quem o condenará?” (Romanos 8:33). Caríssimo irmão, se Deus, em sua santidade nos acolhe, porque não podemos aceitar a nós mesmos e sermos misericordiosos para com nossos próprios erros? Nosso perfeccionismo muitas vezes nos puxa para baixo. Mas o amor de Deus não exige nada em troca. Ele apenas nos ama! Aceite ser amado por Deus e ame a si mesmo, impedindo que seus erros se apresentem diante de si, apenas para lembra-lo de suas limitações. Sim, somos limitados e pecadores. Mas Deus nos ama assim mesmo como somos. Creia nisso e seja mais misericordioso consigo mesmo.



 
 
 

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