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Quanto vale um casamento?

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 17 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura
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Reverendo Padre Jorge Aquino.

Meus queridos irmãos. Quase todas as semanas recebo ligações questionando sobre quanto “cobro” por um casamento. Pode parecer estranho e até impróprio escrever sobre isso. Mas gostaria de tecer alguns comentários sobre o assunto.

Em primeiro lugar, nos meus quase trinta anos de ministério, jamais pedi mais do que um salário mínimo para realizar um casamento. Lembro de ter tido uma conversa com uma das noivas que tive a honra de casar, na qual ela me disse: “Padre, eu realmente imaginava que o senhor pedia mais de dois mil reais para fazer a cerimônia. Eu me assustei, quando o senhor pediu 600,00 Reais”. Devo registrar que naquele ano, o salário mínimo era de R$ 880,00. Normalmente, de alguns anos para cá, só peço um salário mínimo, quando tenho que me deslocar para lugares mais distantes. Mas, a esmagadora maioria dos casamentos que celebro, cobro um valor bem abaixo disso. Isso, sem fazer referência ao fato de que já fiz diversos casamentos pedindo apenas um valor simbólico e outros absolutamente de graça. Cada caso é um caso.

Em segundo lugar, aquele que procura um sacerdote para realizar seu casamento, deve saber que ele não está simplesmente contratando uma pessoa, mas escolhendo alguém para dirigir um momento que – espera-se – nunca mais se repetirá em sua vida. Pensando assim, eu pergunto. Entre um advogado que acabou de sair da faculdade e outro que tem trinta anos de experiência no assunto, quem você contrataria para defender sua causa? Entre um médico recém formado e um que já atua a trinta anos, quem você chamaria para realizar a cirurgia em seu coração? Lembre-se, existem assuntos em que a experiência é tudo. Ela, simplesmente, não tem preço. Tem consequências. É claro que se seu nível de exigência for baixo, você se satisfará com qualquer um. Claro que eu entendo isso. Mas estou falando de um casamento, e isso, é coisa séria. Em 2013 fui procurado por uma noiva para realizar seu casamento. Como era fora de minha cidade, pedi, um salário mínimo. Ela aceitou, mas o cerimonialista achou caro, e chamou outra pessoa com que ela acertou tudo. Eis que chega o dia da festa e boa parte da sociedade de minha cidade estava reunida para a cerimônia na qual assistiram um verdadeiro festival de erros de concordância verbal e nominal, e a mais absoluta ausência de um discurso que respeitasse as regras gramaticais de nossa língua.

Por fim, em terceiro lugar, afirmo: experiência e formação fazem a diferença. Quando você for me procurar, não pense que você estará procurando alguém que pede até um salário mínimo para realizar sua celebração. Lembre que tenho quase trinta anos fazendo isso, o que significa que tenho mais habilidade para lidar com imprevistos, significa que eu entendo o que estou fazendo, que tenho a maleabilidade necessária para realizar uma cerimônia adequada à realidade de cada casal (inclusive cerimônias ecumênicas), que você está convidando um sacerdote que é graduado, especialista e mestre em teologia (enquanto outros nem bacharéis são), sou graduado e mestre em filosofia, além de ser especialista em direito civil.

Uma coisa posso afirmar: você terá a cerimônia que você investir. Por tudo isso que falei, e já que você está casando com a pessoa com quem pretende viver o resto de sua vida com ela, pense bem em quem você convidará para dirigir sua cerimônia. Estude o currículo dessa pessoa; busque informações nos blogs, instagram, facebook e com outros fornecedores. Estude as publicações dessa pessoa e examine seu conteúdo. Somente assim você estará preparado para fazer a escolha correta.

 
 
 

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