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QUAL NÃO É A MISSÃO DA IGREJA

Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝Reverendo Padre Jorge Aquino ✝

Padre Jorge Aquino.

Inquestionavelmente, o Cristianismo tem uma missão a cumprir. Essa missão nos foi dada pelo próprio Jesus, durante seu ministério e, particularmente, antes de subir aos céus. No entanto, com o passar dos anos, parece que a “missão” da Igreja foi sendo modificada e hoje, precisamos fazer algumas observações sobre esse tema. Dessa forma, em primeiro lugar, afirmamos peremptoriamente que a missão da Igreja não consiste em reinterpretar a fé com a finalidade de amoldá-la à ideologia dominante nesse século e que está associada ao lucro, ao poder, à ostentação, ao sucesso e à aparência. Assim, esses “Cristãos” que divulgam ser a “vitória” a grande marca dos que creem, estão equivocados. Os que dizem que o verdadeiro Cristão não sofre nem adoece; que o sucesso e a prosperidade são marcas que o “verdadeiro Cristão” deve ostentar - ao lado de sua casa própria e de seu carro de luxo -, desconhecem completamente a Mensagem da Cruz.

Em segundo lugar, afirmamos que a missão da Igreja nada tem a ver com uma ideologia de Estado. Dessa forma, nossa missão não é apregoar uma ideologia, seja ela qual for e esteja ela de que lado estiver. O lema do Cristão Progressista jamais dependeria do Estado, e jamais nos levaria a dizer: tudo no Estado, nada contra o Estado e nada fora do Estado”. É uma leviandade dizer que nossa missão é levar nosso país a se adequar aos padrões de uma Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte. Da mesma forma, não podemos jamais afirmar que a missão da Igreja é levar o Brasil a seguir os padrões, modelos e critérios próprios dos Estados Unidos da América. É um erro crasso associar o Cristianismo Progressista a uma postura política. É claro que cada um tem suas ideias, mas fazer essa associação é um reducionismo que não faz jus à inteligência de muitos de nossos críticos.

Finalmente, em terceiro lugar, a missão da Igreja não pode ser reduzida à aspectos meramente morais. Assim, à Igreja não cabe policiar os corpos dos Cristãos, ou suas atitudes morais e condição sexual. Se existe algum elemento prático na fé cristã, ela se traduz não na mera moralidade, mas na ética que exige um comportamento que nos faça anunciar um novo tempo (Reino de Deus) em que sejam combatidas, implacavelmente, tanto a miséria quanto as desigualdades sociais. Quem ama a Deus, não pode amar a mamom. A Escritura deixa claro que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. E existe uma ideologia que desenvolve essa paixão!

É preciso relembrar as palavras do Apóstolo Paulo que, escrevendo aos Gálatas, disse: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8). Assim, não se engane. O verdadeiro Evangelho consiste em amar a Deus, ao próximo e a si mesmo. Portanto, “ama, e faz o que quiseres” (S. Agostinho), pois o cumprimento da lei é o amor. Quem ama não odeia, não difama, não humilha, nem domina, mas serve tendo Jesus como seu grande exemplo.

 
 
 

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