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PAPA À COMISSÃO DE DIÁLOGO ANGLICANO-CATÓLICO: 'A UNIDADE PREVALECE SOBRE O CONFLITO'

Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝Reverendo Padre Jorge Aquino ✝


O Papa Francisco encoraja a Comunhão Anglicana a contribuir para o processo sinodal da Igreja Católica e antecipa sua “peregrinação de paz” ao Sudão do Sul na companhia do Arcebispo de Canterbury e do Moderador da Igreja da Escócia.


O Papa Francisco reiterou o compromisso da Igreja de caminhar junto com a Comunhão Anglicana em direção à plena unidade cristã, refletindo sobre o processo sinodal em andamento e expressando seu desejo de promover a paz e a reconciliação no Sudão do Sul.

Falando aos membros da Comissão de Diálogo Internacional Anglicano-Católico Romano (ARCIC), que recebeu no Vaticano na sexta-feira, o Papa recordou a criação da Comissão em 1967 pelo Papa Paulo VI e pelo Arcebispo de Canterbury Michael Ramsey, para embarcar em uma caminho de plena reconciliação. Ele observou que durante as três fases de trabalho a Comissão procurou “deixar para trás o que compromete nossa comunhão e nutrir os laços que unem católicos e anglicanos”.


“A SUA JORNADA TEM SIDO, ÀS VEZES RÁPIDA, ÀS VEZES LENTA E DIFÍCIL. NO ENTANTO, GOSTARIA DE ENFATIZAR QUE FOI, E CONTINUA A SER, UMA JORNADA.”


Jornada

Refletindo sobre a palavra “viagem”, o Papa comentou sobre o último documento da Comissão intitulado “Caminhando Juntos no Caminho”, que ele disse, significa “avançar, deixar para trás as coisas que dividem, passado e presente, e manter o olhar fixo sobre Jesus e a meta que ele deseja e nos indica: a meta da unidade visível entre nós”.

Ele pediu apoio mútuo, destacando que o diálogo ecumênico é um caminho “que envolve conhecer-se pessoalmente”, compartilhar aspirações e momentos de fadiga, e “sujar as mãos no serviço compartilhado aos nossos irmãos e irmãs feridos descartados à beira do caminho do nosso mundo”.


“ENVOLVE ABORDAR COM UM ÚNICO OLHAR E UM COMPROMISSO COMUM A CRIAÇÃO DE DEUS AO NOSSO REDOR E ENCORAJAR UNS AOS OUTROS A PERSEVERAR NA JORNADA”.


Processo sinodal

O Papa Francisco lembrou aos presentes que a Igreja Católica inaugurou um processo sinodal e convidou a Comunhão Anglicana a contribuir também nesta jornada.


“CONSIDERAMOS VOCÊS COMO VALIOSOS COMPANHEIROS DE VIAGEM.”


Sudão do Sul

O Papa não negligenciou a viagem que está programada para realizar na companhia do Arcebispo de Cantuária e do Moderador da Igreja da Escócia ao Sudão do Sul.


“A NOSSA SERÁ UMA PEREGRINAÇÃO ECUMÊNICA DE PAZ”


E falando de improviso, o Papa disse que a peregrinação ao Sudão do Sul – que já estava em andamento há anos – foi adiada devido a dificuldades locais, “mas meu irmão, Justin, enviou sua esposa à frente para preparar o terreno com obras de caridade... E este é o bom trabalho que ele faz no casamento, com a esposa: muito obrigado!”

“Rezemos para que possa inspirar os cristãos do Sudão do Sul e de todos os lugares a serem promotores da reconciliação, pacientes tecelões de concórdia, capazes de dizer não à perversa e inútil espiral da violência e das armas”, disse ele, lembrando que o caminho começou anos atrás com um retiro espiritual no Vaticano com os líderes do Sudão do Sul, Justin Welby e o atual Moderador da Igreja da Escócia: “Uma jornada ecumênica com políticos do Sudão do Sul”.


Presente

O Papa Francisco continuou a refletir sobre a palavra “dom” observando que “se a viagem fala de caminhos e meios, o dom revela a própria alma do ecumenismo”.

“Toda busca por uma comunhão mais profunda deve ser uma troca de dons, onde cada um faça suas as sementes que Deus plantou no outro”, disse ele.

Assim, advertindo contra uma atitude formal ou cerimonial a esse respeito, o Papa pediu um intercâmbio honesto sobre questões eclesiológicas e éticas, que deve ser sempre conduzido com humildade e verdade.

“Os pecados que levaram às nossas divisões históricas só podem ser superados na humildade e na verdade, começando com a dor de nossas feridas recíprocas e a necessidade de dar e receber o perdão mútuo”, disse ele citando Ut Unum Sint.

“Isso exige coragem, mas é o espírito do dom, pois todo dom verdadeiro implica sacrifício, implica transparência e coragem e abertura ao perdão”, disse ele. Somente assim, disse ele, nos tornaremos sintonizados com o Espírito Santo, “o dom de Deus, concedido a nós para restaurar nossa harmonia, pois Ele mesmo é a harmonia que reconcilia a unidade na diversidade”.


“OS DONS DO ESPÍRITO SANTO NUNCA SÃO DADOS PARA USO EXCLUSIVO DE QUEM OS RECEBE. SÃO BÊNÇÃOS DESTINADAS A TODO O POVO DE DEUS”.


“As graças que recebemos são destinadas aos outros”, resumiu o Papa Francisco, “e as graças que os outros recebem são necessárias para nós. Na troca de presentes, então, aprendemos que não podemos ser autossuficientes sem as graças concedidas aos outros”.

Concluindo, citou suas próprias palavras em 2019 que o Arcebispo de Canterbury citou, hoje, em seu discurso: “A unidade prevalece sobre o conflito” e expressou sua crença de que nunca devemos cair na “escravidão do conflito”, mas discernir entre crise e conflito em que uma crise é útil, pois nos ajuda a ir além do conflito que abre o caminho para a guerra e a divisão.


Por Linda Bordoni - 13 de maio de 2022 (BORDONI, L. Disponível em <https://anglican.ink/2022/05/13/pope-to-anglican-catholic-dialogue-commission-unity-prevails-over-conflict/> Acessado em 13 de maio de 2022)

 
 
 

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