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PADRE JORGE AQUINO COMENTA O CATECISMO ANGLICANO DA ACNA

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 24 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

5ª QUESTÃO. Você pode concertar seu relacionamento quebrado com Deus?

Não. Eu não tenho nenhum poder para salvar a mim mesmo, pois o pecado corrompeu minha consciência e capturou minha vontade. Somente Deus pode me salvar. (Efésios 2:1-9; João 14:6; Tito 3:3-7)


Comentário:

Esta é uma das mais frequentes perguntas que as pessoas fazem em seus corações e que, lamentavelmente, acabam por chegar a conclusões incorretas. É verdade que uma das possibilidades para a raiz da palavra “religião” é “religação”. E por isso, as pessoas pensam que basta ter uma religião e ser sincero em sua prática que elas terão sua relação com Deus refeita.

Mas a resposta do Catecismo Anglicano é um retumbante Não! Nós mesmos, com nossa própria vontade e nossa própria capacidade, nada podemos fazer para reconstruir o elo de ligação entre Deus e a humanidade, que foi quebrada pelo pecado. Diante da questão que está diante de nós, temos que fazer algumas colocações.

Em primeiro lugar, o Catecismo afirma que nós “não temos nenhum poder para salvar a nós mesmos”. E isso nos parece claro, doutra sorte Ele não seria nosso Salvador, mas nós mesmos nos salvaríamos. Falta a nós esse “poder” que somente o Criador que nos fez tem, para ser, além de Criador, o Salvador de sua criação. Muito diferente do que muita gente prega, nossos atos, nossas boas obras, nossos méritos, de nada servem para nos tornar “aceitáveis” diante de Deus. Não é o que nós fazemos, mas o que Ele pode fazer em nosso favor. O texto de Efésios 2: 8, 9 diz: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.

Em segundo lugar, o Catecismo afirma que “o pecado corrompeu minha consciência”. Ora, qual o papel da consciência no plano de salvação? Se nossa consciência não estivesse corrompida, nós teríamos a justa ideia de como nossos atos e omissões ferem a vontade de Deus. No entanto, com uma consciência corrompida, nada sentimos. Nós, simplesmente, não sentimos vergonha ou tristeza pelos erros e pecados que cometemos. Se nossa consciência está corrompida nós não nos sentiremos distantes de Deus e nos enganamos a nós mesmos.

Em terceiro lugar, não podemos salvar a nós mesmos, porque o pecado “capturou minha vontade”. As Escrituras dizem que quem comete pecado é escravo do pecado. Nós simplesmente não podemos escolher “não pecar”. Nossa vontade está aprisionada por nossos vícios e pelos prazeres que violam a vontade de Deus. O texto de Tito 3 é muito revelador quando afirma: “outrora éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros”. O texto é translúcido ao afirmar que nossa vontade está aprisionada e que, por nós mesmos, jamais nos inclinaríamos para as coisas de Deus. É Ele que em sua graça nos chama com a mensagem do evangelho.

Em resumo, nossa salvação não é obra nossa – meros pecadores -, mas apenas e exclusivamente de Deus. O texto citado de João 14: 6 diz: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Estas palavras de Jesus são absolutamente claras ao afirmar que o único caminho para Deus é Jesus Cristo.



 
 
 

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