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Padre Jorge Aquino comenta a Phoenix Affirmations - 9

Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝Reverendo Padre Jorge Aquino ✝


Amar a nós mesmos inclui:

Afirmação 9: Baseando nossas vidas na fé de que, em Cristo, todas as coisas são feitas novas, e que nós, e todas as pessoas, somos amados além de nossa imaginação – para a eternidade. (Salmo 22:27-29; Salmo 23:4-6; Salmo 139:7-12; João 3:16-17; Romanos 14:7-11; Filipenses 1:20-26).

Como cristãos, testemunhamos e nutrimos a fé em todas as pessoas que estão famintas ou abertas à revelação, amor e salvação de Deus em Cristo. Não buscamos evangelizar aqueles que não desejam explorar o Caminho Cristão. Confiamos, antes, que o amor, a graça e o convite de Deus foram e serão revelados em outros caminhos, testemunhas e tempos.

Afirmamos que o Caminho de Jesus é encontrado onde os seguidores de Cristo estão continuamente descobrindo e redescobrindo que eles – e todas as pessoas – são amados além de sua imaginação e eles decidem viver suas vidas de acordo com essa descoberta. Encontramos nesta descoberta e entregamos a própria essência da salvação, que é um processo, não um ponto final, dentro de uma jornada eterna.

Confessamos que nos afastamos deste Caminho sempre que negamos o amor de Deus por todas as pessoas, ou negamos a eficácia da vontade eterna de Deus de que todos sejam salvos. Nós nos afastamos do caminho de Cristo quando não testemunhamos ativamente o amor e a graça de Deus com aqueles que o buscam.

Comentário:

Entramos agora na terceira e última parte das Afirmações de Phenix. Complementando as duas partes anteriores, que se dedicavam ao amor a Deus e ao próximo, essas são dedicadas ao amor a nós mesmos. Assim, vejamos a afirmação preliminar: “Amar a nós mesmos inclui: Baseando nossas vidas na fé de que, em Cristo, todas as coisas são feitas novas, e que nós, e todas as pessoas, somos amados além de nossa imaginação – para a eternidade”. Essa afirmação contém três informações bastantes significativas. A primeira delas ressalta que amar a nós mesmos inclui basear “nossas vidas na fé”. Não é sem motivo que as Escrituras afirmam que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). Portanto, considerando que a fé é “o firme fundamento das coisas que não se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hebreus 11:1), acreditar em Deus - e em nós mesmos – é um dos elementos fundamentais para que cheguemos a nos amar.

Em segundo lugar, a afirmação explicifica essa fé, dizendo que nossas vidas estão baseadas na fé “de que, em Cristo, todas as coisas são feitas novas”. Esta expressão nos faz lembrar as palavras de Cristo, assentado no trono, no céu e dizendo: “Eis que faço novas todas as coisas” (Apocalipse 21:5). Essa novidade implica em que o Reino de Deus é instaurado e o acesso a pessoas de todas os povos, tribos, raças e nações está aberto. O Reino não mais está adstrito a uma nação, mas a todos os que desejarem.

Em terceiro lugar “nós, e todas as pessoas, somos amados além de nossa imaginação – para a eternidade”. Ou seja, o texto da Afirmação diz que cada um de nós – bem assim todas as demais pessoas – são objetos do amor de Deus. Isso significa que esse amor não apenas vai além do aspecto étnico, mas se estende para outros aspectos, incluindo raça, cor, condição social, condição sexual e intelectual. Ademais, o texto afirma que esse amor de Deus é um amor “para a eternidade”, indicando que é um amor eterno. A eternidade do amor, se funda na eternidade do próprio Deus.

Para fundamentar essa afirmação, uma série de referências bíblicas são utilizadas. A primeira delas, retirada do Salmo 22:27-29, diz que “Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face. Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações. Todos os que na terra são opulentos comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; e nenhum poderá reter viva a sua alma”. Aqui vemos o salmista afirmar que em todos os cantos da terra, todos se lembrarão dos atos de Deus e se converterão ao Senhor que domina todas as nações. Deus os fartará de alimento a todos e todos o adorarão”. O texto do Salmo 23:4-6 afirma que todas as ovelhas do Senhor recebem dele um carinho especial, pois, mesmo quem anda “pelo vale da sombra da morte”, não precisa temer nada, já que Deus está conosco e nos consolam. Mais inda, o texto diz que “a bondade e a misericórdia” estarão presente na vida de todas as suas ovelhas, sendo ele próprio, a razão de nossa segurança e de nosso amor próprio. No terceiro texto, o Salmo 139:7-12 o salmista nos diz que não podemos fugir da face de Deus. Quer subamos ao céu ou desçamos ao inferno, quer habitemos nas extremidades do mar ou em qualquer outro lugar, a mão de Deus sempre nos guiará e nos sustentará. A presença de Deus em nossas vidas é tão certa que nem mesmo se estivermos encoberto pelas trevas, a presença de Deus em nossa vida será como a luz que resplandece durante o dia. O texto do evangelho de João 3:16-17, nos ensina que o amor de Deus por nós foi tão intenso que Deus enviou seu próprio Filho, para que todos os que nele crerem, não se percam, mas tenham a vida eterna. Isso acontece porque Deus enviou seu Filho não para condenar o mundo, mas para salvá-lo. O texto da epístola de Paulo aos Romanos 14:7-11 nos diz claramente que nenhum de nós vive ou morre para si mesmo. Na verdade, se vivemos ou se morremos, vivemos e morremos para o Senhor. De sorte que, vivos ou mortos, somos do Senhor. Afinal, Cristo morreu e ressurgiu para se tornar Senhor dos vivos e dos mortos. Ao dizer isso, afirma Paulo, por que devemos nos ver como juízes dos outros, chegando até a desprezando-os? Na verdade, todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo. Assim, todos se ajoelharão diante do Senhor e toda língua confessará a Deus. Por fim, temos o texto de Filipenses 1:20-26, onde aprendemos com Paulo que devemos manter a esperança e a confiança de que Cristo será sempre engrandecido em nós, quer seja na vida quer seja na morte, porque “para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”. Em resumo, nada poderá servir de empecilho para que a glória de Deus seja manifestada por nosso intermédio, mesmo em nossa morte.

Em razão de tudo isso, na condição de cristãos, prestamos nosso testemunho e alimentamos a fé de todos os que se veem famintos, carentes ou abertos à revelação, ao amor e à salvação de Deus em Cristo. Isso significa que não buscamos evangelizar aqueles que não desejam explorar o Caminho Cristão impondo nossa fé sobre a dos outros. Muito ao revés, confiamos que tanto o amor, quanto a graça e o convite de Deus foram e sempre serão revelados em outros caminhos, testemunhas e tempos. Esta postura valoriza todas as pessoas, independentemente de sua condição religiosa, e demonstra que a graça de Deus atuou no passado, atua no presente e atuará no futuro, atingindo pessoas que estão fora do cristianismo.

Isto nos leva a Afirmar que o verdadeiro Caminho de Jesus é adequadamente encontrado lá onde seus seguidores estão descobrindo e redescobrindo, continuamente, que todas as pessoas são objetos do amor de Deus, e eles optam por viver suas vidas de conformidade com essa descoberta. Esta descoberta nos faz compreender que a essência da salvação, não é apenas um ponto final dentro da jornada ou do caminho, mas é um processo contínuo que se associa à uma vida de compromisso com essa graça que nos alcança.

Por causa disso, queremos Confessar que sempre que negamos esse amor de Deus por todas as pessoas ou acreditamos poder negar a eficácia da vontade eterna de Deus, de que todos sejam salvos, nos afastamos deste Caminho. Em outras palavras, sempre que não damos testemunho ativo desse amor e dessa graça divina para com todos os que buscam a Deus, nos afastamos do caminho de Cristo.

 
 
 

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