O TIPO DE AMOR QUE VISLUMBRAMOS HOJE
- Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
- 24 de ago. de 2021
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Reverendo Jorge Aquino.
Algo que nos decepciona e nos entristece muito nos dias de hoje, é a forma líquida, efêmera, inconsistente ou momentânea como as pessoas expressam o amor que dizem sentir por outra pessoa. Eu não estou fazendo um juízo de valor, mas apenas um juízo de fato. É assim que os relacionamentos acontecem hoje em dia.
Lamentavelmente, esta realidade não diz respeito apenas a alguém que sempre disse ser seu amigo, conhecido ou admirador. Vivemos dias em que, mesmo dentro da família, muitos relacionamentos parecem ser marcados por esse tipo de amor extremamente fugaz. Não é estranho ou exótico, saber de filhos que odeiam seus pais, maridos ou esposas que desprezam seus cônjuges, ou pais que abriram mão de seus filhos.
É claro que, como alguém já postulou, toda generalização é burra. É claro que existem erros de julgamento e falta atenção para o princípio da presunção da inocência, para todas as partes envolvidas. No entanto, há uma frase que precisa ser lembrado nos dias de hoje: "Algumas pessoas vão te amar apenas enquanto puderem te usar. A lealdade termina quando os benefícios acabam".
Esta frase associa o "amor" ao "utilitarismo", ou seja, àquele pensamento que acredita que as coisas - ou as pessoas - somente têm valor enquanto podem nos "dar" algo, ou enquanto podemos tirar vantagens delas ou utilizá-las para nossos interesses. Eis a escandalosa tragédia da humanidade hodierna. As pessoas não são capazes mais de perceber a forma escandalosa, indecorosa e infame, como as pessoas são tratadas hoje. Muito pelo contrário, parece que tratar os outros assim, tornou-se a regra e é encarada com normalidade.
Diante disso, caro leitor(a), não se assuste com o comportamento das pessoas. Mas nem por isso, aceite como normal essa forma de se relacionar com as pessoas. Lembre-se que o apóstolo São Paulo nos ensina: "E não vos conformeis com esse mundo" (Romanos 12: 2). Em outras palavras, "não tomem para si a mesma forma" que este mundo assume. Sim, se assumirmos uma forma diferente daquela que é popularizada ou propagada fatalmente teremos que pagar o preço que todos os que foram "diferentes", pagaram.
A grande pergunta que fica diante de nós é: você está disposto a amar da forma como Jesus amou? Você está disposto a amar com a mesma intensidade, veemência e vigor, com que nós mesmos fomos amados por Deus?

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