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O QUE SIGNIFICA SER CRISTÃO?

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 25 de jul. de 2018
  • 4 min de leitura
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Reverendo Padre Jorge Aquino.

Dizem que certo dia, um pai caminhava com seu filho para a igreja quando este lhe perguntou: “Pai, o que é ser um cristão?”. Ao que o pai respondeu: “Ser cristão é amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo, é seguir o exemplo de Jesus na vida, é não falar mal dos outros, é tomar cada dia sua cruz sem reclamar, ser um exemplo para as outras pessoas e anunciar o evangelho para todos as pessoas”. Ao que a criança arrematou: “Pai, quando a gente passar por um o senhor me mostra?”. Esta pequena estória nos revela que ser um verdadeiro cristão não é exatamente o que a maioria das pessoas pensam.

Antes de mais nada, precisamos tratar o assunto de uma perspectiva negativa, ou seja, saber o que “não é ser cristão”, para começarmos a ter alguma noção do significado da questão. Sendo assim, eu afirmaria que ser cristão, não é a mesma coisa que ir à Igreja todos os domingos, cantar todos os louvores com a congregação e ouvir os sermões. Ser cristão não é a mesma coisa que saber fazer uma oração bonita diante de todos os presentes, saber o Credo Apostólico decorado e nem mesmo ler a Bíblia com uma certa frequência. Ser cristão não significa ter que usar um determinado traje e ter apenas um corte de cabelo e nem estar associado a uma norma de comportamento próprio de sua cultura. Por fim, eu diria que ser cristão também não é a mesma coisa que ser gentil com as pessoas e trata-las todas com deferência e respeito. Tudo isso é importante, mas não é isso que vai fazer de você um cristão.

Tratando o assunto de uma perspectiva positiva, poderíamos dizer que ser um cristão implica em algumas verdades fundamentais. Em primeiro lugar, um cristão é alguém que está “em Cristo”. Segundo São Paulo, “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Mas, todas as coisas provêm de Deus que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação” (II Coríntios 5: 17,18). Eis aqui uma grande verdade que precisa ser levada em consideração: o cristão vive em Cristo, ou seja, sob o domínio, o comando e na esfera de ação do Senhor. Isso não significa que você será perfeito em tudo, mas que agora Jesus estará no comando.

Em segundo lugar, ser cristão, é ser uma “nova criação de Deus”. Conforme já vimos, “se alguém está em Cristo, nova criatura é” (II Coríntios 5: 17). Agora, diz Apocalipse 21: 5, “Eis que faço novas todas as coisas”. Dessa forma, semanalmente, a nova criação se reúne para adorar o Criador e redentor de nossas vidas. Isso não significa que você nunca irá fazer algo associado ao “velho homem”, mas que isso não mais vai te satisfazer.

Em terceiro lugar, o cristão se alegra em ter uma relação íntima com Deus. O texto da carta de Paulo diz que “Deus que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo” (II Coríntios 5: 18). A partir desse momento, em que fomos reconciliados, podemos nos aproximar e nos relacionar intimamente com Deus, ajudados pelo Espírito Santo que habita em nós. É verdade que muitas vezes caímos e nos rebelamos contra a vontade de Deus, mas o Deus que nos reconciliou por meio do sacrifício de Cristo, é misericordioso e perdoador.

Em quarto lugar, um verdadeiro cristão é um ministro e um servo de Cristo. O texto de I Coríntios 4: 1 diz que “Que os homens nos considerem, pois como ministros de Cristo e despenseiros dos ministérios de Deus”. A palavra “ministro” está relacionado aos que servem às mesas, portanto, ao serviço ao próximo. O cristão é um servo enviado por Cristo para servir aos outros. Já o termo “despenseiro”, aponta para aquele que administra a despensa que está repleta dos presentes de Deus para a humanidade. Ele é o ecônomo que distribui os dons de Deus aos homens, ou seja, o semeador que joga as sementes do Evangelho nos vários tipos de solo.

Em quinto lugar, jamais devemos nos esquecer das palavras de Jesus que disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16: 24). Engana-se quem pensa que existe cristianismo sem cruz, sem dor, sem sofrimento, sem perseguição, sem injúria, sem amargura, sem abandono, sem incompreensão. Seguir a Cristo é, antes de tudo, reconhece-lo como nosso Senhor e Salvador, e em seguida, seguir pelos mesmos caminhos que ele trilhou. Isso significa perder a vida por amor a Ele e andar no caminho mais estreito.

O maior sinal de que estamos no caminho certo, não está em nossas obras, mas na cruz de Cristo. Dizem que pouco antes de morrer, já velho e com a memória falha, o ex capitão de um navio negreiro John Newton disse: “Embora minha memória desvaneça, lembro-me claramente de duas coisas: Eu sou um grande pecador e Cristo é um grande salvador”. Foi ele que nos deixou uma pérola da música religiosa que diz: “I was blind, but now i see”. E isso ocorreu por causa da Maravilhosa Graça de Jesus.

Você pode, também, dizer que é um cristão? Ou que é apenas um igrejeiro ou um frequentador de igrejas? Talvez você esteja até entre os desengreijados, mas saiba, Jesus quer tê-lo ao lado. Ele deseja redimi-lo, perdoá-lo e transforma-lo em um de seus discípulos. Você gostaria de se tornar um verdadeiro crisitão?

 
 
 

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