O ECUMENISMO ENTRE ANGLICANOS E CATÓLICOS ROMANOS

O termo “ecumênico” tem sua origem na palavra latina oecumenicus, que significa “geral, universal”, e, por sua vez, vem do grego oikumenikos, que significa “mundo habitado”. Por essa razão os Concílios da Igreja são chamados de Concílios ecumênicos, uma vez que reúnem bispos oriundos de todo o mundo.

Já a palavra “ecumenismo” é empregada para o movimento em favor da unidade dos cristãos, membros do Corpo de Cristo, dispersos pelo mundo e marcados historicamente por divisões que romperam a comunhão plena entre si. Embora essa palavra, às vezes, seja aplicada para designar o diálogo entre diferentes religiões, o ecumenismo não pode ser confundido com o diálogo inter-religioso, que envolve a relação de uma Igreja cristã e outra(s) religião não-cristã.

O ecumenismo também não consiste na uniformização das diferentes igrejas ou na criação de uma única super-igreja, mas no conjunto de esforços de diálogo em vista da unidade na missão e na compreensão mútua das diferenças.

Um dos grandes exemplos de diálogo ecumênico é o que ocorre entre a Igreja Romana e a Igreja Anglicana. Este movimento teve um enorme incremento a partir do Concílio do Vaticano II, quando tornou-se comum que o Bispo de Roma se encontrasse, regularmente, com o Arcebispo Anglicano de Cantuária – líder espiritual dos Anglicanos.

O primeiro grande e significativo evento envolvendo os líderes dessas duas grandes comunhões Cristãs, ocorreu quando o Papa Paulo VI presenteia o Arcebispo Michael Ramsey com seu próprio anel episcopal.

De lá até hoje, já foi criada uma comissão internacional que fomenta o diálogo teológico entre Anglicanos e Católicos Romanos – a ARCIC (Anglican Roman Catholic International Commission) -, e documentos e declarações de reconhecimento mútuo do batismo, bem como afirmações sobre o matrimônio.

Nas fotos abaixo, vemos os Arcebispos Anglicanos Michael Ramsey, Donald Coggan, Robert Runcie, George Carey, Rowan Williams e Justin Welby com os Papas Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco.