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O CRISTÃO E SUA AUTOESTIMA

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 19 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura

Reverendo Padre Jorge Aquino.

Faz mais de trinta anos que tive a oportunidade de conhecer o professor Anthony Hoekema, enquanto ainda era seminarista, na cidade de Recife. Ele – que era o sucessor do conhecido Louis Berkhof na cadeira de Teologia Sistemática do Calvin Thelogical Saminary -, estava naquela ocasião lançando um livro em português, que tratava, justamente, sobre questões que tangenciavam o tema da autoestima. De fato, existem muitas idéias acerca desse tema, circulando na literatura cristã, no entanto, em seu livro – O cristão toma consciência de seu valor -, encontramos uma abordagem extremamente sadia do tema.

Uma definição bastante simples, que poderia ser dada a este verbete, nos informaria que a autoestima é a imagem ou opinião, positiva ou negativa, que cada um faz de si mesmo. Assim, a grande questão que nos atinge é: como o cristão deve olhar para si mesmo, uma vez que ele tem ciência de que é um pecador?

Para procurar responder a esta questão, recorro a um texto escrito pelo reverendo padre John Eagan, no qual, tratando do nosso valor para com Deus, ele diz o seguinte: “A base de meu valor pessoal não é constituída de minhas posses, meus talentos, da admiração dos outros, de minha reputação (...) nem das manifestações de reconhecimento por parte dos pais e filhos, do aplauso ou da importância que todos me atribuem (...). Assim, permaneço firme em Deus, diante de quem me encontro despido – esse Deus que me diz: ‘Você é meu filho, meu amado’”.

Eis o grande segredo da autoestima vitoriosa do cristão: permanecer desnudado diante de seu Deus! Sim, diante de Deus nossos bens, valores pessoais, reputação ou qualquer outra coisa que possa ser vista como uma razão para que imaginemos ter algum valor, caem por terra. Somente somos alguma coisa, e, portanto, somente podemos olhar para nós mesmos de uma forma aprazível, em razão da graça de Deus. Sem sua graça, nada somos e nada valemos. Contudo, porque Deus nos ama, ele nos vê como filhos e nos acolhe com seu abraço paternal, beijando nosso rosto e fazendo uma festa quando, arrependidos, voltamos para casa e abandonamos a vida dissoluta.

Quando exerci o ministério na cidade de Natal, na década de 90, ouvi a confissão de uma senhora que havia cometido adultério. Perguntei se ela já havia confessado seu pecado à Deus. Ela respondeu que sim, mas que não se sentia perdoada. Procurei dizer para àquela senhora, que o perdão de Deus é uma promessa feita a todos os que realmente se arrependeram, independentemente de nossos sentimentos. Ou seja, precisamos aprender a crer que Deus fará o que disse que faria, se confessássemos nossos erros. Sim, é verdade que sempre levaremos as marcas dos erros cometidos - como o espinho que fustigava a carne de Paulo -, e que muitas vezes nos entristeceremos pelo que fizemos no passado. Mas sempre ouviremos a doce voz de nosso salvador dizendo: “A minha graça te basta!”. E é justamente em sua graça, e não no que somos ou fomos, que podemos nos fiar e descansar nossa alma ferida, encontrando sempre nele, descanso e conforto.

Portanto, quando alguém lhe acusar dos erros cometidos ou dos pecados do passado, olhe para a cruz de Cristo e lembre-se que a sua dívida foi paga – não por moeda corruptível -, mas com o preciso sangue daquele que morreu em nosso lugar. Por isso, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, nosso Senhor. Lembre-se sempre disso.



 
 
 

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