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O AMOR SUPORTA TUDO?

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 2 de jul. de 2021
  • 2 min de leitura

Reverendo Padre Jorge Aquino.

Em uma das mais lindas exposições bíblicas acerca do amor, o apóstolo Paulo escreve, em seu texto, uma frase que até hoje vem produzindo debates entre os leitores. Refiro-me ao que ele diz na sua primeira carta aos Coríntios que, em seu capítulo 13, verso 7, ele diz sobre o amor: “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. A questão que tem ficado no ar desde que ele escreveu essas palavras é: “o amor realmente suporta tudo?”.

Quando verificamos a palavra grega que Paulo usa no texto original, descobrimos que ela (upomenei) não é um termo que se usa em relação às pessoas, mas sim, diante de circunstâncias. Esta informação é de suprema importância para o correto entendimento do texto.

Do que aprendemos de todo o contexto deste capítulo, podemos afirmar que, de fato, não devemos desconsiderar o poder e a capacidade do amor em suportar e resistir a todas as adversidades. No entanto, a história de muitos cristãos sinceros e honestos tem demonstrado que, quando a Bíblia diz que o amor “tudo suporta”, ela não está se referindo a traições, agressões, desrespeitos e desvios de caráter. E assim o é porque a palavra que Paulo escolheu para usar aqui, no original grego (upomenei), não diz respeito, ou não se refere à pessoas, mas às circunstâncias da vida.

Desta forma, podemos com toda a certeza, afirmar que o verdadeiro amor pode suportar a pobreza, a doença, as dificuldades, os defeitos, as diferenças, etc. Mas o mesmo não é verdade quando está em jogo comportamentos que envolvam traição, violência e desrespeito. Na verdade, estas palavras não podem andar juntas com “amor”, na mesma frase.

Como conseqüência lógica do que acabamos de dizer, quando compreendemos essa realidade, nunca mais nos sentimos obrigados a tolerar nada em nome do amor nem precisamos nos sentir culpados porque aquele amor que existia no passado, já não existe mais em nosso coração.

É preciso compreender que o amor, assim como uma frágil planta, precisa ser cuidado e alimentado. Não podemos simplesmente dizer que amamos e revelar, em nossa vida, um comportamento que aponta para o desrespeito, a violência doméstica ou a infidelidade. Estes três elementos, isolados ou combinados, são itens que devem ser levados a sério quando se está em uma relação na qual um deles é freqüente. Se algum desses elementos se apresenta e se revela de forma cotidiana, é preciso repensar a relação. Primeiro, por meio do recurso a alguém mais experiente, que os aconselhe; depois por meio do recurso a um terapeuta, que os trate e, por fim, por meio de um advogado, que os oriente a buscar uma saída sem sofrimento.



 
 
 

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