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LUTANDO CONTRA A REALIDADE QUE NOS É IMPOSTA

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 21 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Reverendo Jorge Aquino

Existe, em alemão, uma palavra bastante reveladora. Refiro-me ao termo “zeitgeist”. Esta é uma palavra composta da união de duas outras: “zeit”, que quer dizer “tempo”, e “geist”, que significa “espírito”. Assim, zeitgwist quer se referir ao “espírito de uma época”, ou ao conjunto de elementos culturais e intelectuais que caracterizam um certo período de tempo na história humana.

Assim, não seria errado dizer que o nosso tempo ou a nossa época, possui elementos bem próprios que o caracterizam como único na história. Um desses elementos é a transitoriedade ou a fluidez das coisas e a forma descartavel como enxergamos os fatos e elementos da vida.

Para ilustrar esse pensamento, cito o encontro entre uma jovem recém casada e uma senhora bastante experiente. A jovem perguntava à senhora qual o segredo que fez com que seu casamento fosse tão duradouro. A senhora teria respondido: “É porque no meu tempo, quando alguma coisa revelava um defeito, nós mandávamos consertar; vocês simplesmente trocam por outro”.

Mutatis mutandis, guardando as devidas diferenças, com a relação conjugal, parece que estamos vivenciando um zeitgeist bastante singular. Quando as pessoas começam a enfrentar as primeiras dificuldades da vida à dois, elas simplesmente desistem e passam a focar todo o seu interesse e sua atenção em outra pessoa, que não tem aquele determinado defeito.

Isto revela uma realidade ineditamente paradoxal quando falamos em casamento. Acreditamos que as verdades e a realidade são transitórias. No entanto, queremos que o casamento seja “até que a morte os separe”. Eu gostaria de chamar a atenção para o fato de que, a simples existência desse paradoxo já aponta para algo que pode interferir no zeitgeist que parece nos condenar ao divórcio: nossa vontade.

Sim, quando queremos, podemos fazer dar certo. Se estivermos dispostos a cumprir os votos e as promessas que fizemos no dia de nosso casamento, então sempre haverá uma possibilidade real de que as coisas se ajustem. Não precisamos tratar nosso cônjuge como um celular quebrado, simplesmente trocando por outro. É possível uma mudança de comportamento e uma alteração na rota. Para tanto basta que tenhamos vontade para tal. O mundo não é uma realidade dada acerca da qual nós não temos interferência. Pelo contrário, nós somos os responsáveis pelas escolhas que fazemos e, portanto, também somos responsáveis pelo futuro de nossa relação. Aceite essa verdade e, mesmo vivendo em um mundo tão fluido, escolha investir em sua relação e em sua união.



 
 
 

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