
Padre Jorge Aquino.
Na quarta-feira (15) passada, a Polícia Federal informou que Amarildo da Costa Oliveira, conhecido na região como Pelado, afirmou que Dom e Bruno, desaparecidos desde o dia 5 na região amazônica do Vale do Javari, realmente foram assassinados. Pelado está preso e confirmou seu envolvimento no crime. Juntamente com ele, seu irmão, Oseney da Costa Oliveira, também está preso. De acordo com Eduardo Alexandre Fontes, superintendente da PF no Amazonas, Pelado – que confessou o assassinato -, apontou a localização dos corpos, que teriam sido esquartejados e incendiados. Os “remanescentes humanos” que foram encontrados enterrados, foram encaminhados para Brasília a fim de que sejam feitas perícias e, uma vez confirmadas as identificações, serão entregues às suas respectivas famílias.
Segundo a manifestação de Alessandra, esposa de Dom, “Embora ainda estejamos aguardando as confirmações definitivas, este desfecho trágico põe um fim à angústia de não saber o paradeiro de Dom e Bruno. Agora podemos levá-los para casa e nos despedir com amor. Hoje, se inicia também nossa jornada em busca por justiça. Espero que as investigações esgotem todas as possibilidades e tragam respostas definitivas, com todos os desdobramentos pertinentes, o mais rapidamente possível. Agradeço o empenho de todos que se envolveram diretamente nas buscas, especialmente os indígenas e a Univaja. Agradeço também a todos aqueles que se mobilizaram mundo afora para cobrar respostas rápidas. Só teremos paz quando as medidas necessárias forem tomadas para que tragédias como esta não se repitam jamais. Presto minha absoluta solidariedade com a Beatriz e toda a família do Bruno”.
Agora, toda a sociedade espera para que, encontrados os responsáveis por esse crime, a Polícia Federal prossiga em seu inquérito para que todos conheçamos o mandante deste ato e suas motivações. Fala-se que ainda mais três ou mais pessoas estão envolvidas. Esperamos que a justiça se faça nesse caso. Oremos pelas famílias enlutadas, por nosso país, que não cuida de seu povo que sofre e por aqueles que corajosamente denunciam a ausência do Estado e os crimes que ainda ocorrem nos rincões mais distantes do Brasil.
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