CUIDADO COM O QUE SEMEIA

Reverendo Padre Jorge Aquino.

Quer queiramos ou não, nossas palavras ou nosso silêncio, assim como nossos gestos ou omissões são uma forma de semente que jogamos no terreno da vida das pessoas com quem convivemos e, mais cedo ou mais tarde, assistiremos essa semente se transformar em uma planta e dar seu fruto.

Não temos alternativas na vida. Todos nós colheremos aquilo que semeamos. É por isso que o sábio, ao escrever o livro de Provérbio diz: “Quem semeia a maldade, colhe a desgraça e será castigado por seu próprio ódio” (Provérbios 22:8). A semente, dependendo de sua natureza, pode até demorar para germinar, mas um dia isso acontecerá, e quando isso acontecer você pode se arrepender amargamente. Não se engane, semear o ódio, a discórdia, a antipatia ou a cizânia, acabará finalmente trazendo males irreparáveis para o semeador.

A Escritura Sagrada nos convida a semear a boa semente do Evangelho de Jesus; a boa-nova do amor de Deus. Quando semeamos isso, podemos até ser incompreendidos ou objeto de perseguição – porque os valores do Reino de Deus confrontam os valores de nossa sociedade -, mas aquele que semeia a semente do Evangelho colherá, inevitavelmente, aquilo que Deus prometeu, ou seja, o seu Reino eterno.

Por isso, caro leitor, não se engane. Aquilo que nós semeamos, inevitavelmente colheremos. Se temos a possibilidade de semear o bem, o amor, a concórdia, a união, a paz e a justiça, porque semear o mal, a guerra, a dor, a discórdia e a injustiça? De hoje em diante você poderá dizer o que quiser, exceto que é ignorante sobre esse tema. Seu futuro será o resultado do que você faz hoje. As consequências sempre vêm. E, acredite, eu digo isso com a autoridade daquele que passou por muitas experiências negativas. Não li isso em um manual. Aprendi duramente com o tempo e a vida. Essa é a vantagem de se ter mais de meio século de vida. E tudo o que espero que você não precise passar por todas as vicissitudes pelas quais passei. Aceite o conselho da Bíblia e de alguém que experimentou essa lei inexorável do retorno.