Critérios para a escolha de um sacerdote para sua cerimônia…
- Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
- 17 de jan. de 2020
- 3 min de leitura

Vamos combinar?
Se você deseja escolher um sacerdote para celebrar sua união e deseja ser o mais lúcido possível, quero oferecer alguns critérios que qualquer pessoa inteligente utilizaria.
O primeiro deles é o critério subjetivo. Ele é usado quando existe algum tipo de relação pessoal entre o padre e os noivos. Isso ocorre quando foi ele que fez o casamento da irmã, da prima, da mãe ou que batizou o bebê que agora cresceu e deseja casar. Segundo esse critério, o que é preciso saber sobre o padre e suas competências, já se sabe.
Em segundo lugar, existem critérios objetivos: O primeiro deles é a formação do sacerdote. Ele fez um curso superior de teologia ou não? Ele tem alguma pós-graduação? Algum mestrado? Por que isso é importante? Porque se você precisasse de um bom advogado você contrataria qual? Um com especialização e mestrado na área ou um neófito que acabou de passar no exame da Ordem? Particularmente, sou bacharel em teologia em um seminário feito em regime de internato, especialista em teologia, licenciado em Filosofia pela UFRN, especialista em Direito Civil e Mestre em Teologia e em Filosofia pela UFPB.
O segundo critério que você precisa levar em conta é a experiência naquilo que se pretende que ele faça. Usando este critério eu pergunto: quem você chamaria para fazer uma cirurgia no coração de sua mãe? Um médico com quase trinta anos de experiência no assunto ou um recém formado da faculdade? Da mesma forma, se você tem a sua disposição um sacerdote que celebra Matrimônios desde 1991, porque chamaria um que tem apenas 1 ano? Neste momento, falar com postura, conhecendo bem a língua, expressando-se bem e com segurança é fundamental. É triste ver um padre gaguejando ou que não pronuncie corretamente a língua portuguesa.
O terceiro critério é a competência. Hoje em dia você consegue saber praticamente tudo sobre qualquer pessoa. Cheque a internet. Veja se ele tem Facebook, Blog ou Instagran. Leia o que ele escreve com cuidado, para ver se ele não é apenas daqueles que transcreve o que os outros produzem. Examine suas ideias e verifique se ele tem algum conteúdo. Veja bem. Há padres que não produzem nada na esfera intelectual, pastoral ou acadêmica. E não produzem simplesmente porque não têm competência para tal. Eles apenas recortam e colam, e não passam de fazer citações banais e pueris afirmando a mesmice e o que todos já sabem. O famoso “óbvio ululante”. Sugiro que leia com cuidado meu Blog e veja as informações contidas nele. Além do mais sou autor de livros como: Pequeno vocabulário Anglicano, Anglicanismo: uma introdução, Sociologia Jurídica, Hermenêutica Jurídica, co-autor em Novas tendências no direito constitucional (em homenagem ao Dr. Paulo Lopo Saraiva) e Ensaios pós-metafísicos, além de autor do verbete “Anglicanismo”, no Dicionário Brasileiro de Teologia, publicado pela ASTE; isso sem falar nas dezenas de artigos acadêmicos escritos em revistas jurídicas e teológicas, publicadas no Brasil e na Inglaterra.
O quarto critério é a relação conjugal. O padre que vai fazer seu casamento é um padre casado e feliz em seu casamento? Ele sabe do que está falando ou apenas leu sobre o assunto em um livro no seminário? Ele tem o poio irrestrito de sua esposa? O relacionamento dos dois é satisfatório?
O quinto critério tem a ver com o pecado cometido por aqueles que são chamados por são Paulo de pessoas que vivem “andando em astúcia” e “mercadejando com a palavra de Deus” (II Coríntios 4: 2). Todos sabemos que alguns padres da cidade têm uma taxa fixa que pedem para celebrar casamentos. Mas quando um padre pergunta: “Quanto ele pediu? Eu faço pela metade”, então, meu amigo, está óbvio que você não está tratando com um padre, mas com um comerciante e um mercenário. Esse é o tipo de padre que apresenta o matrimônio como se fosse uma mercadoria para ser vendido em uma “feira”. Neste caso, o barato pode sair caro. Pior, existem “padres” que caluniam outros para terem sua “reserva de mercado”. Isso é abominável.
Apresentei apenas estes critérios, mas poderia apresentar outros mais. Creio, contudo que estes já são suficientes para fazer você pensar em que tipo de pessoa você quer para presidir a cerimônia que realizará os sonhos que o casal sonhou junto por tanto tempo. Que Deus lhe dê lucidez nessa escolha.
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