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COMENTÁRIO AO EVANGELHO DO DÉCIMO QUARTO DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES

Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝Reverendo Padre Jorge Aquino ✝


Padre Jorge Aquino.

No texto do Evangelho indicado para o dia de hoje lemos: “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: — Este recebe pecadores e come com eles. Então Jesus lhes contou esta parábola: — Qual de vocês é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? E, quando a encontra, põe-na sobre os ombros, cheio de alegria. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: ‘Alegrem-se comigo, porque já achei a minha ovelha perdida’. Digo a vocês que, assim, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. Lucas 15:1-7).

Neste texto, aprendemos muito sobre a missão de Jesus e, por via de consequência, sobre a nossa missão nesse mundo. Assim como Jesus age e se comporta, sua Igreja também deve agir e se comportar. Desta forma existem algumas realidades que gostaríamos de destacar. A primeira delas, é que publicanos e pecadores sempre se aproximam para ouvir a voz de Jesus. Os publicanos são judeus que cobram impostos para Roma, o que faz com que eles sejam odiados pelos judeus como traidores. Os pecadores são pessoas vistas como alguém com quem não devemos ter uma relação íntima. No entanto, essas duas classes de pessoas procuram Jesus para ouvir suas voz. Eles assim o fazem, justamente porque suas palavras não consistem em um amontoado de regras morais, mas na expressão viva de gestos de amor e de acolhimento.

A segunda verdade é que os fariseus e escribas sempre murmuram sobre a vida e os ensinamentos de Jesus. Os fariseus são a elite moral dos judeus, na verdade eles acreditam ser as bases moral do judaísmo. Os escribas são aqueles que mais conhecem as Escrituras. Seu conhecimento da Palavra de Deus os fazia acreditar que eles eram pessoas que estavam acima dos outros. Era isso que os faziam a murmurar da vida e dos ensinamentos de Jesus, ou seja, eles faziam uma série de censuras e difamações disfarçadas sobre o comportamento e a vida de Jesus.

Por fim, em terceiro lugar, aprendemos que Jesus é o bom pastor que vai buscar as ovelhas perdidas. Aqueles que já se julgam santos e puros não acreditam necessitar de Deus e se veem como autossuficiente e aptos para chegarem a Deus por seus próprios méritos. Não são assim os que se consideram pecadores indignos. Eles humildemente buscam ouvir as palavras de Jesus e o seguem. E Jesus está mais inclinado a buscar os pecadores e se alegra quando um deles muda sua vida e passa a viver segundo seus ensinamentos. Na verdade existe alegria no coração de Deus quando um deles se arrependem. Estas são as ovelhas que voltam para o redil.

O que aprendemos deste texto é que o Deus em que cremos é aquele Deus que vai à procura dos perdidos e se alegra quando encontra, ainda que seja apenas um. Para Jesus, é preferível ter sido um pecador dissoluto arrependido do que alguém sempre moralmente correto mas autossuficiente que se julga perfeito e vive a condenar e censurar os outros. Que nutramos em nosso coração a mesma atitude vista em Cristo de acolhimento daqueles desamparados e dos marginalizados.

 
 
 

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