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CASAMENTO: INSTITUIÇÃO FALIDA?

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 7 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de set. de 2020

Reverendo Padre Jorge Aquino

Certa vez recebi uma pessoa em minha casa que, quando soube que eu era sacerdote e que celebrava casamentos, imediatamente pontificou peremptoriamente: “para mim o casamento é uma instituição falida”. Procurei entender o que ela estava tentando dizer com aquela afirmação e ela usou o mesmo argumento das pessoas que têm este discurso, qual seja, o aumento dos divórcios. Pois bem. Com todo o respeito para com quem pensa diferente, eu não acredito que o casamento seja uma instituição falida. Muito ao revés, creio que ela é uma instituição muito prestigiada. Mas acho que preciso fazer algumas considerações a respeito.

1. É fato que o número de divórcios está muito elevado em relação à décadas passadas. Mas isso não nos autoriza a dizer que o casamento é uma instituição falida. No máximo, poderíamos dizer que as pessoas é que não estão buscando resolver seus problemas como antes se buscava. Hoje, as pessoas casam muito cedo, sem um lastro de sustentação sólido e de autoconhecimento firme e vivem em uma sociedade em que tudo tem que ser resolvido “ontem”. Natural que desistam do casamento diante do primeiro problema. Conversar e discutir gasta tempo e custa caro. É mais fácil buscar outra pessoa.

2. Em segundo lugar, da década de quarenta do século passado até o dia de hoje, a vida média das pessoas passou de 45 para 75 anos de vida. Ora, quando vemos o aumento da expectativa de vida associado a esta mudança de perspectiva da realidade com um aumento da velocidade das coisas, e com a dificuldade de resolver as demandas, é natural que verifiquemos o aumento dos divórcios.

3. Outro fator que fez com que os conflitos familiares aumentassem foi a inabilidade dos homens em conviver com mulheres que trabalham ou que, em alguns casos, ganhem mais que eles. A entrada da mulher no mercado de trabalho acabou fazendo com que os homens as observassem como iguais e isso feria a programação sócio-genética do macho da espécie homo sapiens-sapiens que sempre foi o provedor e mantenedor da família. Há homens que não sabem conviver com mulheres assim. Eles se sentem diminuídos e, como consequência, muitas vezes, para demonstrar seu domínio, partem para a violência, que por sua vez, muitas vezes, acaba em divórcio.

4. Ademais, desafio qualquer leitor a se dirigir a qualquer igreja ou salão de recepções e procurar uma data para casamento em algum sábado nos próximos seis meses. Simplesmente não há mais agenda. Tudo está ocupado! O casamento é a cerimônia mais comum nestes lugares a cada semana.

Por isso, e por outras razões é que ainda afirmo com absoluta certeza: o casamento não é uma instituição falida, mas a família passou por grandes transformações nos últimos 50 anos. Casais sábios compreendem isso e se adaptam a estas mudanças, garantindo um casamento longevo.






 
 
 

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