Anglicanismo Tabajara?
- Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
- 28 de ago. de 2019
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“Tem havido um crescimento desordenado e estranho no meio anglicano brasileiro de novos bispos [e de novos padres]. Porém, nota-se que a grande maioria, senão todos, são de igrejas que nunca tiveram ligação alguma com o Anglicanismo histórico [a Tradição anglicana] – que se iniciou no Brasil a partir de 1810 com a vinda da família real portuguesa e de forma definitiva em 1819 com a construção da primeira capela da “Church of England” no Rio de Janeiro e na sequência em Recife, Salvador, Santos, São Paulo e Minas Gerais, e nem com a Igreja brasileira fundada pelos Episcopais dos EUA em 1889 no Rio Grande do Sul. Ligação histórica com o Anglicanismo à parte, essas igrejas, a maioria, senão todas, sequer buscam preservar o ethos e a liturgia anglicana [inclusividade, Bíblia, Tradição e Razão]. Vemos o Missal Romano no lugar do Livro de Oração Comum, vestes episcopais anglicanas substituídas, bispos e padres sem cátedra ou mesmo povo [visando números e lucros], sim, conheço bispos que não tem paroquianos! Práticas e formas estranhas ao que se entende como parte da igreja anglicana e por aí vai. O Anglicanismo não é uma forma mais “light” ou menos rígida do catolicismo romano. Temos nossa história, prática e fé bem distintas. Há problema em existir igrejas sem ligação histórica ou direta com Cantuária? Penso que não, mas já que é pra se nomear Igreja Anglicana, que seja na prática, ethos e liturgia também, não só no nome, para facilitar casamentos, por exemplo”.
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