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Acerca do mal na sociedade

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 25 de set. de 2019
  • 2 min de leitura
vitor hugo

Reverendo padre Jorge Aquino.

Em minha experiência de vida espiritual, a maior dificuldade que experimentei dizia respeito à co-existência entre o mal e Deus. Milhares de páginas foram escritas desde Santo Agostinho até hoje, para procurar explicar de que forma o mal poderia existir sem que Deus fosse responsabilizado por ele. Este tema levanta questões muito sérias tanto sobre o livre-arbítrio humano, de um lado, indo até a absoluta soberania de Deus, do outro. Entre estes dois extremos, dezenas de teorias surgiram. Mas não é isso que nos interessa nessa breve meditação sobre o mal.

O que me chama a atenção nesse assunto, é a conhecida frase do ilustre filósofo francês Jean-Paul Sartre que disse: “O pior mal é aquele ao qual nos acostumamos”. Sabemos que o mal é aquilo que não desejamos e que se opõe à virtude e ao que é bom. No entanto, parece que nossa população já se acostumou com o aumento absurdo dos índices de violência e com a insegurança, produzida pela ausência de uma política de segurança pública; com a possibilidade concreta de conviver com o desemprego, por falta de investimento em setores produtivos e pela retração econômica que vivenciamos; com a falta de uma educação de qualidade e responsável que retira verbas das universidades e das bolsas científicas; com uma saúde que atenda minimamente às nossas necessidades básicas e mantém toda a população de um país à mercê de doenças que já haviam desaparecido a tempo; com a exclusão de pessoas fruto do preconceito de cor, de classe ou de orientação sexual, que fundamenta um discurso de ódio e de intolerância; com um comportamento minimamente decente por parte daqueles que ocupam cargos públicos e que desviam verbas públicas e que convivem com a “rachadinha” como algo absolutamente comum. Não entendo como toda uma nação pode se acostumar com isso.

É porque não consigo me acostumar com um país onde o “jeitinho”, e não a coisa certa a fazer, sempre prevalece, que quero encerrar essa pequena reflexão citando as palavras de um dos mestre do cancioneiro popular, Gabriel o Pensador, que cantava: “Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente; A gente muda o mundo na mudança da mente; E quando a mente muda a gente anda pra frente; E quando a gente manda ninguém manda na gente; Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura; Na mudança de postura a gente fica mais seguro; Na mudança do presente a gente molda o futuro”.

 
 
 

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