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ACERCA DE NOSSAS APTIDÕES MENTAIS

Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝Reverendo Padre Jorge Aquino ✝

Atualizado: 3 de set. de 2022



Padre Jorge Aquino.

Indiscutivelmente nossa sociedade cultiva sobremaneira nossas aptidões. Lamentavelmente, contudo, nem sempre as aptidões mais importantes e fundamentais. Não é incomum, por exemplo, encontrarmos pessoas com um corpo impecável, absolutamente trabalhado na academia e com um rosto reformulado e adequado fruto de algumas aplicações de botox e de uma harmonização facial, bem assim, com algumas próteses ou implantes aqui e acolá. O grande problema que verificamos nessas pessoas começa quando procuramos entabular alguma conversa razoavelmente profunda acerca de algum tema que vá além daquilo que é absolutamente trivial e óbvio.

O que estou querendo dizer é que, se por um lado, a sociedade em que vivemos premia tanto a beleza exterior e as questões meramente estéticas, por outro, ela se esquece de investir no que mais importa, ou seja, na nossa mente. Temos pouco investimento na educação – seja ela a formal, seja a emocional. Parece que ninguém se importa em desenvolver suas aptidões mentais na mesma proporção que seu bíceps. O que é uma enorme pena pois um mundo assim, pode até ser cheio de pessoa bonitas, mas é cheio de pessoas vazias ou superficiais. Se, no entanto, alguém desejar desenvolver suas aptidões mentais, devemos saber que, será necessário tomar duas grandes decisões na vida. Assim, será preciso aceitar dois princípios como absolutos e utilizar dois princípios fulcrais que são, na verdade, condição sine qua non para tal. Quais são, então estes dois princípios? Para os professores doutores Gillan Butler e Tony Hope, da Universidade de Oxford, o primeiro grande princípio da aptidão mental consiste em desenvolver sua autoestima. Na verdade, aqueles que não são capazes de desenvolvê-lo, encontram inúmeras dificuldades em suas vidas. Quando falamos em desenvolver nossa alto-estima, estamos querendo dizer que, sem isso sempre acharemos difícil e penoso exercer algum controle sobre nossa mente e seus problemas. Mais que isso, uma autoestima deficitária influenciará nossos relacionamentos fazendo com que eles nos pareçam insatisfatórios, o que acabará nos tornando pessoas mais ansiosas ou deprimidas. Mesmo nossa vida física passa a ser afetada se tivermos uma autoestima baixa. E podemos desenvolver, desde uma certa dificuldades em ter tranquilidade em nosso sono regular, ou até mesmo em desenvolver compulsões alimentares. Eis a razão pela qual mudar apenas a nossa aparência é um ato tão supérfluo e insuficiente. Urge que invistamos em nossa mente, em nossa razão, naquilo que efetivamente dura e perdurará até o fim de nossa existência, uma mente apta e, por óbvio, uma boa autoestima.

Em segundo lugar, com base nas pesquisas dos doutores Butler e Hope, o segundo princípio que precisamos desenvolver consiste em reconhecer nosso potencial de mudar. É claro que existem pessoas que nascem com a conhecida “síndrome de Gabriela”, por isso vivem a dize: “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, serei sempre assim”. Mas isso é uma inverdade. Ninguém é a mesma pessoa por toda uma vida. O processo de mudança é inevitável para todos, ainda que não queiramos. Assim como não podemos deter o curso do tempo, também não podemos evitar que a leitura de um bom livro, uma experiência traumática, a perda de um ente querido ou as transformações sociais não tenham influência sobre quem somos e o que acreditamos. O que precisamos aprender é a forma como mudamos e dirigir esse processo de mudança, afim de que aprendamos a reagir de uma forma diferente ante aquilo que é imutável. Aprender corretamente a reagir às mudanças podem trazer vantagens ou não para cada um de nós. Quando aprendemos sobre as nossas formas de ação e reação, aumentamos e diversificamos nosso repertório de possibilidades e opções para agir da melhor forma possível. Assim, enfrentaremos melhor as dificuldades e os grandes impasses da vida, que, em outros momentos, nos deixariam sem ação.

Entenda bem, esses dois princípios são a base de nossa aptidão mental ou seja, dos requisitos necessários para que nossa mente exerça determinadas atividades ou funções da forma mais adequada possível. E, assim como manter um músculo rijo exige exercício constante, para mantermos nossa mente apta e atuante, precisamos aprender a exercitá-la. Desejo um ótimo desempenho para tod@s vocês!!

 
 
 

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