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Acerca da vingança

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 1 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura
vingança

Revendo Padre Jorge Aquino.

Quem de nós nunca sentiu um desejo quase incontrolável de se vingar? Em nossa sociedade esse sentimento é tão aceitável que é comum ouvir alguém dizer que a vingança é “um prato que se come frio”. Quando falamos sobre a vingança, precisamos ser concretos e disciplinados em sua definição. Assim, quando falamos em vingança, estamos nos referindo àquele “ato lesivo, praticado em nome próprio ou alheio, por alguém que foi real ou presumidamente ofendido ou lesado, em represália contra aquele que é ou seria o causador desse dano”. Ele também pode ser chamado de desforra, retaliação ou vindita. Mas existem três verdades que precisamos saber sobre ela.

Em primeiro lugar, precisamos saber de sua transitoriedade e brevidade. Segundo questiona o ilustre teólogo Tertuliano, “você quer ser feliz por um instante? Vigue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe”. Esta célebre frase de Tertuliano revela o quão efêmero é o prazer da vingança. O grande problema é que as pessoas não pensam sobre isso. Elas são imediatistas e desejam sempre ver o sofrimento do próximo

A segunda verdade diz respeito ao seu aspecto destrutivo. Em outras palavras, além do seu aspecto inútil, na vingança, há uma questão mais séria. Segundo disse Confúcio, “Antes de sair em busca de vingança, cave duas covas”. Por que ele diria isso? Porque a vingança é produzida pela raiva e, esse sentimento, dizia Shakespeare, a raiva, “é um veneno que bebemos esperando que os outros morram”. Em outras palavras, as pessoas vingativas são justamente aquelas mais amargas e envenenadas que existem, e esses sentimentos destroem aos seus próprios portadores.

Finalmente, em terceiro lugar, há um elemento bíblico sobre a vingança. Segundo afirma são Paulo, “Amados, jamais procurai vingar-vos a vós mesmo, mas entregai a ira a Deus, pois está escrito: ‘Minha é a vingança! Eu retribuirei’, declarou o Senhor” (Romanos 12: 19). Além disso, sem que estejamos dispostos a perdoar, nem mesmo receberemos o perdão de Deus. Afinal, quando Jesus nos ensinou a orar ele terminou a oração dizendo: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6: 12). E para arrematar pontuou: “Mateus 6:14-15: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6: 14, 15).

Por fim, leve a sério as sábias palavras de Sir Francis Bacon, que disse: “A pessoa que fica pensando na vingança só torna piores suas feridas. Toda injúria será curada, se a vingança for refreada”. Abandone seu desejo de vingança. Deixe tudo nas mãos de Deus. Retire de seu coração esse desejo vil e destrutivo, permitindo que a possibilidade do perdão cresça e se desenvolva.

 
 
 

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