ACERCA DA CONSTANTE RECONSTRUÇÃO
- Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
- 5 de set. de 2019
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Reverendo Cônego Jorge Aquino.
A vida, diferentemente do que pensam muitas pessoas, não é um sistema fechado. Todo sistema fechado acaba morrendo por inanição, assim como uma pedra que apenas cria limo ao seu redor. A vida exige que sejamos sempre sistemas abertos, ou seja, precisamos estar em constante diálogo com o mundo ao nosso redor interagindo e trocando ideias. Somente assim nos alimentamos e podemos crescer.
Quando se está vivo, nunca somos, existencialmente, a mesma pessoa durante todo a permanência de nossa existência. No entanto, por óbvio que, de uma perspectiva ontológica, aquela pessoa que nasceu é a mesma pessoa que cresceu e que morreu. No entanto, é impossível estar vivo, passar por problemas, viver as grandes alegrias da vida e continuar sendo a mesma pessoa. Cada um de nós somos forjados pelas dores e pelas alegrias que, nos refazem e ensinam constantemente.
Considerando que tudo o que expomos é uma realidade, nos lembramos de um conhecido ditado popular anônimo, no qual o autor nos ensina: “Se reconstrua quantas vezes forem necessárias, mas nunca deixe de ser você”.
Sim, caímos varias vezes na vida e, varias vezes nos surpreendemos com os revezes que a vida nos faz passar. Contudo, precisamos aprender a nos reconstruir uma vez mais, e sempre. Mas, em nome de nossa integridade ideológica, sempre devemos continuar a ser quem sempre somos. Dessa forma, mudamos para continuar quem somos.
De uma perspectiva familiar, também precisamos entender que aquela pessoa com quem você se casou a vinte anos, não pode ser a mesma depois de tantas coisas pelas quais vocês passaram. No entanto, muito embora as mudanças sejam uma realidade, um casal inteligente saberá se adequar a cada modificação, reconstruindo sempre a relação de tal forma que o casamento se renove a cada alteração que a realidade nos trouxer.
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