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A SUPERAÇÃO DAS ADVERSIDADES MATRIMONIAIS

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 2 de fev. de 2020
  • 2 min de leitura
resiliência

Reverendo Padre Jorge Aquino.

Creio que qualquer pessoa há de reconhecer que, para que um casal se recupere de um grande tombo, muito tempo e esforço precisa ser feito, e, de fato, nem todos conseguem. A tendência é que estes tombos ou crises derrubem de vez a relação e as pessoas simplesmente se separem e caminhem em direções opostas. É bom que se diga, contudo, que há casais que agem diferente diante das dificuldades ou dos fracassos. Parece que eles têm um “algo mais” que fazem com que lidem com a adversidade de forma mais produtiva. Que segredo é esse?

Em primeiro lugar, acredite, não existe algum tipo de invulnerabilidade nata nestes casais que os capacita a vencer todos os problemas. Até o termo “invulnerabilidade” ou “blindagem” parecem inadequados, pois passam a ideia de que estas pessoas estão livres de qualquer espécie de infortúnio.

Em segundo lugar, recentemente observamos que especialistas foram busca emprestado da física um termo que está sendo aplicado a estas pessoas e casais: resiliência. Este termo é utilizado na física, diz Rafael Tonon, para “indicar a capacidade que um material tem de retornar ao seu estado original após sofrer uma grande pressão”. Uma pessoa ou um casal resiliente consegue superar e emergir mais forte das grandes frustrações da vida. Casais resilientes encaram suas crises como uma oportunidade de aprimoramento e crescimento na busca de soluções criativas. Eles não se rompem porque são capazes de se dobrar e ceder ante as intempéries.

Em terceiro lugar, quero afirmar que todos os casais possuem um grau de resiliência que pode ser aprimorado. Casais resilientes precisam aprender a desenvolver pelo menos quatro qualidades: curiosidade, bom-humor, determinação e criatividade. Mas não para aqui. Tonon nos diz que pessoas resilientes são “tanto otimistas quanto pessimistas, sérios e alegres, altruístas e egoístas, compassivos e indiferentes, trabalhadores e preguiçosos”. Embora muita gente não acredite, estes pares de características paradoxais são, na verdade, sinais de um desenvolvimento emocional avançado. O que eu estou querendo dizer é que pessoas e casais resilentes não são “ou uma coisa ou outra”. Eles são flexíveis e adaptáveis a novas realidades, por isso são resilientes. As vezes é preciso ser lógico para resolver um problema; mas as vezes é preciso encará-lo com bom-humor e irresponsabilidade. Nem sempre a organização resolve todos os problemas. As vezes precisamos ser impulsivos.

Em quarto lugar, somos levados a entender que a maior característica de um casal resiliente é “querer seguir em frente”. O Rabino Nilton Bonder disse que “Quando você decide não desistir, o simples fato de continuar no jogo lhe abre portas e opções inimagináveis”. Quando nos consideramos vítimas das circunstâncias, nos excluímos do problema e não temos mais como interferir nele. Temos que pensar como diz a letra da música de Lulu Santos: “Eu não pedi pra nascer; eu não nasci pra sofrer; nem vou sobrar de vítima das circunstâncias”.

Finalmente, em quinto lugar, um casal resiliente e que supera todos os problemas é um casal que é capaz de reconhecer os erros e ser humilde o bastante para superá-los, sem permitir que a vergonha ou o pré-conceito os empurre para baixo e, se necessário, pedir ajuda a um “outro” que seja apto para socorrer. Precisamos, então, mudar nossa opinião emocional sobre nós mesmos e aprender a dar a volta por cima, porque ela sempre é possível.

 
 
 

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