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A Páscoa de sangue

  • Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
    Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
  • 22 de abr. de 2019
  • 2 min de leitura
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Reverendo Cônego Jorge Aquino.

Esta Páscoa de 2019 ficará marcada na história e em nossa memória, como uma Páscoa cheia de sangue. Mas não estamos falando do sangue de Jesus, derramando em nosso lugar. Estamos falando aqui do sangue de mais de 290 pessoas que morreram e das cerca de 500 que ficaram feridas no Sri Lanka, em razão da intolerância religiosas. Os ataques foram dirigidos contra um condomínio, quatro hotéis e cinco igrejas, onde cristãos celebravam a Páscoa. A autoria dos atentados foi atribuída a um grupo Jihadista nacional. Ranil Wickremesinghe, o Primeiro Ministro do Sri Lanka disse no domingo em um discurso à nação que as autoridades tinham recebido avisos de possíveis ataques 14 dias antes, mas reconheceu que “não lhes foi dada a devida atenção”.

Seja como for, o que a humanidade assistiu neste domingo foi um exemplo e um testemunho de intolerância religiosa injustificável e absurda. Devemos registrar que os cristãos representam apenas 7% da população naquele país. Conforme pode ser verificado claramente, verificamos que a intolerância religiosa é alimentada pelo fundamentalismo, ou seja, pela radicalização de uma ideologia política ou religiosa com o objetivo de resguardá-la de qualquer modificação que desvirtue seus princípios.

Mais do que nunca, precisamos respeitar a crença e a fé de todas as pessoas, criando espaços para que todas as fés sejam respeitadas, toleradas e aptas para conviverem em paz. Lembremos das palavras de Gandhi que afirmou: “A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos”. Como cristãos, temos a responsabilidade de dar seguimento ao comportamento e ao exemplo de Jesus, que em sua vida, acolheu a inúmeras pessoas independentemente de sua condição social, sexo ou raça. Se Jesus é o modelo de nossa vida, somos convidados a acolher e não a julgar os “outros”; a abraçar e não a repeli-los; mas, acima de tudo, a amar a todos, inclusive àqueles que nos odeiam.

 
 
 

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