A NOSSA FÉ
- Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
- 21 de out. de 2021
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A Bíblia
Os 39 Artigos, um documento fundamental de 1536 da teologia anglicana, relata que "a Sagrada Escritura contém todas as coisas necessárias para a salvação." As Escrituras, compostas do Antigo e do Novo Testamento, foram escritas sob a inspiração do Espírito Santo.
A Bíblia é de extraordinária importância para o culto episcopal; durante um culto matinal de domingo, por exemplo, a congregação geralmente ouvirá pelo menos três leituras das Escrituras, e muito da liturgia do Livro de Oração Comum é baseada explicitamente nos textos bíblicos. Segundo o Catecismo, “Compreendemos o sentido da Bíblia com a ajuda do Espírito Santo, que guia a Igreja na verdadeira interpretação das Escrituras”.
O Livro da Oração Comum
O Livro de Oração Comum é um baú de tesouros cheio de recursos devocionais e de ensino para indivíduos e congregações, mas também é o símbolo principal de nossa unidade. Como Armentrout e Slocum observam em seu Dicionário Episcopal da Igreja “a piedade litúrgica anglicana está enraizada na tradição do Livro de Oração desde a publicação do primeiro Livro de Oração Inglês em 1549”.
Nós, que somos muitos e diversos, nos reunimos em Cristo por meio de nossa adoração, nossa oração comum. O livro de orações, mesmo depois de tantas revisões, contém nossas liturgias, nossas orações, nossos documentos teológicos e muito, muito mais.
Os credos
Os credos são declarações de nossas crenças básicas sobre Deus. O termo vem do latim credo, que significa, eu acredito.
Embora sempre tenhamos dúvidas sobre Deus, a Igreja e nossa própria fé, temos dois credos fundamentais que usamos durante a adoração: o Credo dos Apóstolos, usado no batismo e na adoração diária, e o Credo Niceno, usado na comunhão. Ao recitar e afirmar esses credos, nos juntamos aos cristãos em todo o mundo e ao longo dos tempos para afirmar nossa fé no único Deus que nos criou, nos redimiu e nos santifica.
Os sacramentos
Nossa tradição anglicana reconhece os sacramentos como "sinais externos e visíveis de graça espiritual interna". (O Livro de Oração Comum, p. 857) O Santo Batismo e a Eucaristia (ou Santa Comunhão) são os dois grandes sacramentos dados por Cristo à sua Igreja.
No caso do Batismo, o sinal externo e visível é a água, na qual a pessoa é batizada em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; a graça interior e espiritual é a união com Cristo em sua morte e ressurreição, nascimento na família de Deus, a Igreja, perdão dos pecados e nova vida no Espírito Santo. No caso da Eucaristia, o sinal externo e visível é o pão e o vinho, dados e recebidos segundo a ordem de Cristo. A graça interior e espiritual é o Corpo e Sangue de Cristo dado ao seu povo e recebido pela fé.
Além desses dois, existem outros marcadores espirituais em nossa jornada de fé que podem servir como meio de graça. Esses incluem:
· Confirmação: a afirmação adulta de nossos votos batismais
· Reconciliação de um penitente: confissão privada
· Matrimônio: casamento cristão
· Ordens: ordenação ao diaconato, sacerdócio ou episcopado
· Unção: ungir aqueles que estão enfermos ou morrendo com óleo sagrado
Santo batismo
Nas águas do batismo, somos amorosamente adotados por Deus na família de Deus, que chamamos de Igreja, e recebemos a própria vida de Deus para compartilhar e lembramos que nada pode nos separar do amor de Deus em Cristo. O Santo Batismo, que pode ser realizado através do derramamento de água ou imersão nela, marca uma entrada formal na congregação e na Igreja em geral; os candidatos ao sacramento fazem uma série de votos, incluindo uma afirmação do Pacto Batismal, e são batizados em Nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Eles são marcados como próprios de Cristo para sempre, tendo “[se] revestido de Cristo” (Gálatas 3:27).
Todas as pessoas de qualquer idade são bem-vindas ao batismo; cremos num só batismo para perdão dos pecados, pois o “vínculo que Deus estabelece no batismo é indissolúvel” (Livro de Oração Comum).
Comunhão
Ela tem vários nomes: Santa Comunhão, Eucaristia (que significa literalmente “ação de graças”), Ceia do Senhor, Missa. Mas seja qual for o seu nome formal, esta é a refeição em família para os cristãos e um antegozo do banquete celestial. Como tal, todas as pessoas que foram batizadas e, portanto, fazem parte da família extensa que é a Igreja, são bem-vindas para receber o pão e o vinho e estar em comunhão com Deus e entre si.
Antes de virmos para a comunhão juntos, “devemos examinar nossas vidas, arrepender-nos de nossos pecados e ser apaixonados e caridosos por todas as pessoas” (Livro de Oração Comum).
(Traduzido e adaptado de https://www.episcopalchurch.org/what-we-believe/)

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