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A BÊNÇÃO DO CASAMENTO

Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝Reverendo Padre Jorge Aquino ✝

Atualizado: 21 de jul. de 2022



Padre Jorge Aquino.

Eu comecei a fazer casamentos em 1991 e até hoje penso que fico mais preocupado do que a noiva para dê tudo certo naquele dia. É que hoje, para mim, presidir uma cerimônia de casamento é um grande privilégio. Como ministro de Deus e membro da Igreja Anglicana, sei que quem é ordenado presbítero é ordenado “para sempre”, como reza a sã doutrina da igreja. Por isso nunca me furtei e jamais me furtarei a abençoar um casal que queira receber a bênção de Deus para sua vida conjugal.

Para mim, presidir uma cerimônia de casamento é um grande privilégio, em primeiro lugar, porque estou, de alguma forma, participando de um momento único na vida de um casal. Quando tenho meus encontros com os casais, converso com os dois como quem conversa com pessoas que ficarão juntas até o fim de seus dias. Por isso o dia do casamento é tão importante. Eu sempre imagino aquele casal, 50 anos depois, vendo as fotos do casamento e lembrando de minhas palavras. É uma grande responsabilidade! Eu quero que aquele momento seja único na vida dos dois. E ele há de ser!

Presidir uma cerimônia de casamento é um grande privilégio para mim, em segundo lugar, porque é um momento em quem se abençoa um casal. Embora a maioria das pessoas não saibam, os ministros do casamento são os próprios noivos, não o Sacerdote. Isto não retira a importância dos clérigos enquanto ministro de Deus que realmente invoca as bênçãos de Deus sobre o casal. De fato, faço questão que todos estendam as mãos para abençoar os noivos para que eles saibam que estão recebendo a bênção de Deus, da família e dos amigos. E eu sei como é gratificante ter um casamento abençoado, tanto quando sei o quanto é terrível ter um casamento em crise. Mas quando Deus ocupa o primeiro lugar na vida de um casal, todas as dificuldades podem ser superadas.

Presidir uma cerimônia de casamento é um grande privilégio para mim, finalmente, porque o casamento é uma cerimônia que atesta a vitória do amor, do companheirismo, da cumplicidade e da afetividade em uma sociedade cada vez mais individualista e hipócrita. Vivemos em uma sociedade de relacionamentos “fluidos”, como afirma Zygmunt Baumann. Segundo ele, em uma sociedade assim nos enganamos a nós mesmos pensando que temos 500 amigos no facebook, quando, de fato, estamos sós. O casamento é o espaço em que a solidão é vencida pelo companheirismo e pelo amor. Eu realmente acredito hoje que a família é o único espaço de sanidade e de crescimento nesta sociedade cada vez mais individualista e falsa e que meu cônjuge é a única pessoa a quem eu, de fato, posso chamar de amiga e companheira.

Ao final, na bênção, somos motivados pelo desejo de que Deus fortaleça sempre cada casal, transformando-os em amantes, amigos e companheiros de uma grande e linda jornada de amor! Sim, as lutas virão; mas o amor supera todas as dificuldades.

 
 
 

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