A amizade no casamento
- Reverendo Padre Jorge Aquino ✝
- 1 de nov. de 2019
- 2 min de leitura

Reverendo Padre Jorge Aquino
Lembro de um conhecido que, quando estava terminando sua relação com uma namorada, ouviu dela a seguinte frase: “Olha, eu quero que você seja muito feliz. E eu quero ser sua melhor amiga”. Diante disso, meu conhecido retrucou dizendo: “De forma alguma. Eu pretendo casar. E minha melhor amiga será minha esposa!”.
É bem verdade que na vida passamos por muita gente e muitas delas se transformam em amigos; alguns deles apenas em conhecidos e a grande maioria apenas passa por nos sem produzir qualquer influência significativa em nossa vida.
Mas, dentre os grandes amigos que encontramos na vida, tenho que concordar com meu conhecido quando diz que sua melhor amiga será sua esposa. Em um artigo bastante significativo escrito pelo Dr Stuart Rosenthal – renomado psiquiatra clínico -, chamado “The need for friendship in marriage”, ele afirma que das expectativas que cada cônjuge leva para o casamento, três estão intimamente relacionadas à amizade. Em primeiro lugar, diz ele, os cônjuges esperam que o outro deve ser fiel, dedicado e exclusivo. Por isso cantamos com Mariza Monte: “o meu melhor amigo é o meu amor”. É em meu cônjuge e nenhuma outra pessoa, que deposito minha confiança incondicionalmente. Em segundo lugar, os cônjuges esperam que o outro seja sua coluna de apoio nas adversidades e um aliado contra o mundo exterior. Ele é o anteparo que nos sustenta e nos ampara, é nosso para-choque contra todos os ataques externos e nosso apoio sólido e inabalável. Finalmente, em terceiro lugar, os cônjuges acreditam que o casamento irá promover o ambiente necessário para o companheirismo e o combate contra toda a solidão. Quem é bem casado, não tem um “melhor amigo” que não seja seu cônjuge. Podem existir outros amigos, é verdade, mas, o melhor amigo de alguém, é aquela pessoa que manifestou publicamente, diante de Deus e da sociedade, que estaria a seu lado na saúde e na doença, na alegria ou na tristeza e na riqueza ou na pobreza. Acredite, boa parte daqueles que se dizem seus amigos, desaparecem quando os problemas surgem.
Apenas para comprovar o que acabo de afirmar, cito o texto da letra marcante escrita por Oswaldo Montenegro e, na qual, diz apropriadamente: “Faça uma lista de grandes amigos, Quem você mais via há dez anos atrás, quantos você ainda vê todo dia, Quantos você já não encontra mais…”. Onde estavam seus antigos amigos quando os grandes problemas surgiram? Onde eles estavam quando seu nome foi jogado na lama? Onde estavam quando você mais precisou deles? Quem ficou lá, dando apoio, sustentando, amparando e aguentando ao seu lado, toda espécie de dificuldades? Muito embora procurando aplicar o texto a ambos os gêneros, lembre-se do que diz o livro dos Provérbios: “Quem encontra uma esposa acha uma coisa boa, e alcança o favor do Senhor” (Pv 18:22).
Opmerkingen