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61 DIAS DE GUERRA DA RÚSSIA CONTRA A UCRÂNIA

Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝Reverendo Padre Jorge Aquino ✝

Padre Jorge Aquino.

Lamentavelmente, hoje completam-se 61 dias desde que a Rússia, sem aviso e sem razão qualquer, iniciou a guerra contra a Ucrânia. Se fôssemos fazer um resumo do que podemos verificar desses dois meses de conflito, ressaltaríamos o seguinte:

A Ucrânia viu mais de 5 milhões de pessoas – na maioria mulheres e crianças - deixarem o país e buscarem refúgio nos países vizinhos e até mesmo em outros continentes. Viu também boa parte de seu território ser diuturnamente e impiedosamente bombardeada por uma nação mais forte e com um poderio militar inconteste. Lamentavelmente a Ucrânia, e todo o mundo viu, as atrocidades perpetradas pelas tropas russas contra civis, envolvendo estupros e massacres de mulheres, idosos e crianças. Mas a Ucrânia também viu que seu exército conseguiu impedir a primeira investida russa contra sua capital, vindo pelo norte, e fazer com que o exército russo retrocedesse e libertasse dezenas de cidades e vilas ocupadas. A Ucrânia também viu o apoio legal, moral, financeiro e militar que lhe foram dadas pela ONU, pelo Tribunal Penal Internacional e pela maioria dos países da ONU e pelos países da Europa.

Quanto à Rússia, ela percebeu logo cedo, que a guerra que fora estimada para durar três dias, saiu do controle de Putin. Já se passaram 61 dias e hoje, a Rússia somente conseguiu dominar completamente uma grande cidade (Kherson), passando a se dedica apenas ao conflito na região de Donetsk e Luhansk, e a tentar conquistar a cidade já arruinada de Mariupol, para criar um corredor entre essas regiões e a região já anexada da Criméia. Ademais, a opinião pública internacional está majoritariamente contra a postura agressiva da Rússia. Postura que, inclusive, também marca boa parte da população russa que, por causa das proibições e punição estabelecida pelo presidente Putin, se mantém contra a postura belicista da Rússia mas, em silêncio. De uma perspectiva nacional, a Rússia sofre uma enorme retaliação na esfera econômica, com a saída de dezenas de empresas de seu território e da saída dos bancos russos do sistema internacional. O moral do exército é baixo e seu comportamento no teatro de guerra, altamente questionável. Politicamente as ações bélicas da Rússia, que procurava evitar que a Ucrânia se aproximasse da OTAN e da UE acabou por fazer com que a Finlândia e a Suécia dessem entrada no pedido de adesão à OTAN, ao mesmo tempo em que a União Europeia já recebeu os documentos necessário para que a Ucrânia seja recebida, isolando cada vez mais a Rússia.

De uma perspectiva básica, nada vale as milhares de mortes que ocorreram na Ucrânia. No entanto, a Rússia já é política, econômica e moralmente, um país que perdeu. Perdeu sua autoridade moral, legal e política diante de todo o mundo civilizado. Seu líder, Vladmir Putin, é visto por todos como um criminoso de guerra ou, no mínimo, como um déspota imperialista que gosta de mostrar seus músculos em público. Do outro lado, um simples ator de quem ninguém esperava nada, o presidente Zelenski tem se mostrado uma pessoa extremamente bem articulada, um político sagaz e um líder exemplar, obtendo apoio político e econômico em vários lugares. Esperamos que em breve os agressores se retirem da Ucrânia e permitam que esse país democrático e pacífico possa dar continuidade à sua vida em paz e em prosperidade.

 
 
 

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