
Padre Jorge Aquino.
Ontem a Ucrânia lembrou duas datas importantes. A primeira delas foram os 31 anos de independência da antiga União Soviética, a segunda, contudo, foram os 6 meses desde o início da agressão infundada e criminosa infligida pela Rússia contra uma nação livre, soberana e independente, a valorosa Ucrânia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu que ninguém fosse às ruas para celebrar o dia da independência, porque a Rússia poderia fazer algum ataque. E, de fato, ela assim o fez. o Presidente Putin autorizou um ataque a uma estação de trem que acabou por matar 25 pessoas e deixar 30 feridos.
O fato é que, nesses 6 meses de guerra a Ucrânia vem resistindo bravamente contra um inimigo sabidamente superior em armamento e em número. Apesar do apoio de vários países europeus e dos EUA, cerca de 11 milhões de pessoas deixaram o país para se refugiarem em outros países e mais de 5 mil civis já foram mortos durante o conflito.
Hoje, toda a opinião pública mundial está voltada para o que pode acontecer com a Usina Nuclear de Zaporizhzhia, que está ocupada pelos russos, para que seja desmilitarizada e protegida contra qualquer forma de ataque que possa desencadear um desastre nuclear.
Enquanto a Rússia sofre as retaliações de vários países e empresas do mundo, ela joga com o fato de ter o gás necessário para aquecer o inverno de inúmeros países europeus. Certamente a barganha do presidente Putin será forte. Ao lado dessa resposta, os russos dificultaram o escoamento dos grãos ucranianos pelo Mar Negro, em direção aos países que precisam, particularmente de trigo. Lembremos que 1/3 do trigo do planeta vem da Ucrânia e da Rússia. Sem trigo, o preço do pão sobe, bem como os daqueles produtos que envolvem a alimentação do rebanho leiteiro, bem como a carne. Eis as consequências de vivermos em um mundo globalizado e mais uma razão para defendermos o fim dessa guerra, o mais breve possível.
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