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AS GRANDES EXPECTATIVAS CONJUGAIS

Foto do escritor: Reverendo Padre Jorge Aquino ✝Reverendo Padre Jorge Aquino ✝


Padre Jorge Aquino.

Seria uma enorme mentira afirmar que que busca um casamento não procura realizar aqueles sonhos mais atávicos que pululam nosso inconsciente. Nos olhos de todas as noivas eu vislumbro esses sonhos e exulto, ao final das cerimônias, quando percebo que estão realizadas e envolto em felicidade por causa da celebração.

Mas a convivência diária de um casal também gira em torno de expectativas. Existe uma série de esperanças e perspectivas que associamos ao comportamento de cada um dos membros do recém formado casal. E, dentre as enormes expectativas que cada cônjuge carrega consigo para o casamento, três delas parecem ser as mais fundamentais.

Em primeiro lugar, espera-se que nosso cônjuge seja fiel, dedicado e exclusivo. Quando procuramos definir a fidelidade, inevitavelmente chegaremos a alguma afirmação que aponte para a qualidade de alguém que se mantém um comportamento leal, exato e reto. A fidelidade é uma qualidade da alma que, quando não se concretiza, produz dor e sofrimento em nosso cônjuge. Acabamos por magoar, machucar e ferir a alma da pessoa que juramos amar. Por isso, esperamos com tanto fervor que esta expectativa se concretize. Nesse sentido, é claro que aquele que é fiel se volta, dedicadamente, para quem ama com o desejo, não apenas de não trair, mas de desenvolver uma maior parceria, amizade e respeito.

Em segundo lugar, espera-se que nosso cônjuge se comporte como uma coluna que nos apoie e um aliado contra as adversidades. Não tenho o conhecimento de absolutamente ninguém que jamais tenha experimentado, em algum momento ou esfera de sua vida, uma experiência de fracasso ou de luta ferrenha contra a adversidade. Quando falo sobre esse tema, imediatamente penso em um navio, navegando em águas tortuosas e sendo sacudido por vagalhões impetuosos. Que luta árdua os nautas tem que enfrentar! Quanto medo recaem sobre eles! E, eis que, de repente descobrimos que podemos contar com alguém que nos estende a mão e nos apoia, nos ajuda e nos faz atravessar a tempestade à salvo. É isso que esperamos de nosso cônjuge. Esperamos apoio e parceria no enfrentamento de todas as lutas da vida.

Por fim, em terceiro lugar, espera-se que nosso cônjuge seja um verdadeiro companheiro e um refúgio contra a solidão. Uma das maiores dores que os casais enfrentam em sua vida conjugal, é a solidão à dois. É triste perceber que estamos sós no projeto de concretização do casamento ou na formação de uma família. Esta é uma das mais duras experiências que se pode enfrentar. Por isso, quando olhamos para nosso cônjuge e vislumbramos nele alguém que, mais do que uma companhia para certos momentos, estamos diante de alguém que é um companheiro(a) que jamais permite que passemos pela experiência da solidão, nos abrigando sempre com seu abraço acolhedor, nos sentimos verdadeiramente acolhidos e amados.

Desta forma, quando os cônjuges são capazes de realizar estas três expectativas, eles estarão, acima de qualquer coisa, construindo uma grande e vigorosa relação de amizade. Por isso, quando determinada pessoa olhou para seu ex-marido e propôs que ele fosse seu melhor amigo, imediatamente ele retrucou dizendo: “Não! Minha melhor amiga será minha esposa!”. Casar-se é, portanto, comprometer-se a realizar essas expectativas. O bônus, está no fato de que, quando formos capazes de olhar para nosso cônjuge como alguém que é fiel, suporte e companheiro, saberemos que esta pessoa será, sobretudo, nosso maior amigo.

 
 
 

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